Empresas clientes da Scania trocam experiência para o desenvolvimento sustentável
Na manhã desta sexta-feira (7), a Scania realizou dois painéis de discussões sobre sustentabilidade e perspectivas para 2020. Do primeiro, participaram Fábio Guido (do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS), Gilberto Avi (head de Logística da Nespresso), Rodrigo Navarro (RN Logística), Renan Loureiro (responsável pelo transporte da L’Oréal Brasil) e Sidnei Alves (gerente Financeiro da Jomed).
Segundo a COP24 – Conferência das Nações Unidas – 25% das emissões de CO2 na atmosfera têm origem nas operações de transporte. Quando o foco é em cidades como São Paulo, este percentual passa de 70%.
As empresas participantes do painel são clientes que fizeram recentes aquisições de caminhões a gás como combustível alternativo ao diesel, a aposta da Scania para promover uma logística sustentável.
Presente ao evento, a reportagem da Revista Carga Pesada quis saber do representante do CEBDS se a postura do governo federal – claramente contrária ao ambientalismo – anula os esforços que as empresas vêm fazendo em busca da sustentabilidade. E também se as empresas não deveriam pressionar o governo a adotar práticas pró-meio ambiente.
Em resposta, Guido afirmou que o conselho é “apartidário” e foi formado logo após a Conferência do Clima no Rio de Janeiro – a Rio 92 – e que desde então vem conversando com todos os presidentes, inclusive com o atual, Jair Bolsonaro.
“CEO não é ativista”, disse ele. O representante admitiu que temas como energia renovável não estão no discurso do atual governo. E que o conselho usa argumentos econômicos para tratar de sustentabilidade com a gestão Bolsonaro.
Veja no vídeo abaixo:
PERSPECTIVAS
No painel sobre perspectivas para 2020, embarcadores e transportadores reclamaram que as margens apertadas são o principal entrave para o desenvolvimento dos seus setores. Participaram da discussão Marco Tenani (diretor de Logística e Distribuição do Carrefour), Clécio Tombini (sócio do Grupo Tombini), Carlos Magnon Cascelli (da Construtora Barbosa Mello) e Wilson Agapito (do Grupo GMEC).
O representante da Tombini disse que as margens apertadas dificultam o investimento em caminhões movidos a combustíveis alternativos como o gás, a aposta da Scania.
E o das usinas de cana do Estado de São Paulo (GMEC) foi na mesma linha. No momento, as cotações do setor estão favoráveis mas no início do ano passado, segundo ele, não cobria os custos de produção.
A expectativa é que, com ganho de escala e mais empresas aderindo aos combustíveis alternativos, o custo de aquisição caia.
Até porque muitas empresas de transporte dependem da negociação de caminhões com os autônomos para ter retorno do investimento. Como negociar hoje no mercado de seminovos um caminhão a gás?
Em contrapartida, os mesmos desafios foram vencidos em outros momentos quando da introdução de novas tecnologias como motores eletrônicos e caixas automatizadas.
Para assistir ao vídeo completo do primeiro debate é só clicar aqui.