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Coordenador da expedição ao Pacífico, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes do Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), Cláudio Cavol, concorda que o caminho que corta o centro da Bolívia se mostrou problemático e diz que é preciso viabilizar rotas mais curtas. Existem duas opções, mas ambas necessitam de asfaltamento e de uma ponte sobre o Rio Paraguai.

O ponto de partida para as duas rotas é Porto Murtinho, no Oeste de Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai. O trajeto mais curto, com 1.800 km, corta o Norte daquele país e um trecho menor no Sul da Bolívia, para chegar a Iquique, no Chile. Faltam 400 km de asfalto no território paraguaio e 200 km na Bolívia.

Os empresários brasileiros tiveram um encontro com o presidente paraguaio, Horácio Cartes, no dia 5 de outubro, em Assunção, para conversar sobre o projeto. “O presidente está muito empenhado em viabilizar essa rota, já discutiu o assunto com a presidente Dilma. O Brasil pode financiar as obras”, informou Cláudio Cavol. O prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda dos Santos, acompanhou o encontro.

A rota, que acompanha o Trópico de Capricórnio até o Pacífico, é a menor entre as possíveis. E também obriga a enfrentar menores altitudes, no máximo 3.200 metros, segundo Cavol.

Existe a alternativa de, atravessando o Paraguai, seguir para Jujuy, na Argentina, e depois para o Chile. Não passa pela Bolívia. Mas, por aí, são 2.200 km até Iquique, quase tanto quanto o caminho feito pela expedição.

“Estamos aguardando uma audiência com o ministro dos Transportes (César Borges). O Brasil tem que viabilizar uma dessas três rotas, inclusive ajudando a pavimentar os trechos que faltam”, disse Cavol. Ele ressalta que transportar a produção brasileira pelo Pacífico significa encurtar em até 10 dias a viagem de navio dos grãos até a Ásia.