A expectativa da organização do evento e das indústrias expositoras é fechar a 19ª edição da mostra com a negociação de R$ 2 bilhões, superando o recorde de negócios observados em 2011, quando foram comercializados R$ 1,7 bilhão em equipamentos voltados ao setor primário. A Volkswagen, por exemplo, prevê um crescimento das vendas de até 133% com relação ao evento em 2011.
Além das últimas novidades em máquinas e tecnologia voltadas para a agricultura como um trator com piloto automático, a feira gera negócios também em carros, caminhonetes de luxo e aviões como um modelo para pulverização móvito a etanol, que custa cerca de R$ 700 mil. Este ano, pela primeira vez, até a marca ícone dos motociclistas, Harley-Davidson, montou estande na feira.
Mesmo afirmando que a agricultura brasileira está cada vez mais forte, o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, Celso Casale, sentencia que a indústria de máquinas agrícolas brasileira pode estar fadada ao fim se não houver uma drástica redução dos juros e da carga tributária imposta ao setor. De acordo com dados da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a importação desses equipamentos cresceu 95,7% entre março de 2011 e 2012, enquanto as importações aumentaram apenas 10,2% no mesmo período. Casale explica que o câmbio pode ser culpado apenas em parte pela situação, e que cabe ao governo dar melhores condições de competitividade ao setor
CAMINHÕES – A Iveco aproveitou a Agrishow para apresentar a nova gama Iveco Trakker. Base do caminhão vencedor do rali Dakar 2012 (a mais difícil e exigente competição automobilística do mundo), o primeiro veículo da nova linha é o Iveco Trakker 6×4, que chega muito mais potente, com 440 e 480cv, e é mais econômico que a versão anterior. As novidades para o modelo incluem transmissão automatizada, novas opções de entre-eixos e a cabine leito. O novo modelo, agora de aplicação mais versátil, com baixo custo operacional e grande disponibilidade de utilização, é ideal para operações na indústria da cana, madeira e construção.
A Scania apresentou sua nova linha de caminhões Off Road. Além de melhorias no trem de força, as cabines G passaram por modificações que tornam os caminhões da Scania para mais resistentes e robustos. Os novos G 440 6×4 e G 480 6×4, são ideais para operações fora de estrada no transporte de cana-de-açúcar, o foco da região de Ribeirão Preto. Disponível também nas configurações de roda 8×4, 10×4 e 6×6, a nova linha Off Road também é ideal para as tarefas em florestas, minas e canteiros de obra.
“Precisávamos criar um produto com identidade para o setor Off Road, que atendesse às necessidades específicas do segmento. Com esse ideal, nosso departamento de pesquisa e desenvolvimento adaptou cabine, motor, a caixa automatizada Scania Opticruise, o Scania Retarder e a suspensão traseira, além de outros itens, para oferecermos um produto ideal para operações fora de estrada”, afirma Silvio Renan Souza, gerente de Vendas de Veículos Off Road da Scania no Brasil.