Elas participam da Comissão de Jovens Empresários da NTC& Logística e declaram seu entusiasmo pelo transporte de cargas

Guto Rocha

Duas mulheres estão entre os vice-coordenadores nacionais da ComJovem, a Comissão de Jovens Empresários e Executivos da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). E estão se dando muito bem, tanto no trabalho como na condição de lideranças do setor. São bastante jovens: Roberta Fiorot tem 31 anos e Ana Carolina Ferreira Jarrouge tem 35.

Ana Carolina Jarrouge e Roberta Fiorot: elas sabem que, no transporte de cargas, “não dá pra ficar parada”

Roberta é formada em Publicidade e há sete anos trabalha na Transportadora Fiorot, em Vila Velha (ES), que pertence a seu pai. O pai a convidou a juntar-se a ele após cinco anos como publicitária. Aceitou e hoje é responsável pela área de Recursos Humanos. “Foi amor à primeira vista. Gosto dos desafios do setor de transporte, que nos surpreendem a cada dia. Novas tecnologias nos caminhões, novas leis, não dá para ficar parada”, comenta.

Trabalhar com a família também a ajudou a valorizar ainda mais a história de seu pai. “Ele começou como caminhoneiro, passou a gerente, sócio e proprietário. Ver o trabalho que ele teve para chegar até aqui me dá ânimo para tocar a empresa que ele construiu com tanto suor”, diz.

Como integrante do ComJovem, Roberta se diz otimista com o setor. Defende a boa aplicação da Lei do Descanso para os motoristas (Lei 12.619) e também leis que obriguem o transporte de cargas a ser mais transparente, “como a Lei do Conhecimento Eletrônico, que aponta para um futuro promissor”, observa.

Ana Carolina Ferreira Jarrouge também foi atraída para o setor pelo pai. Ela é gerente administrativo-financeira e de Recursos Humanos da Transportadora Ajofer, em Santo André (SP). Antes, passou por todos os setores da transportadora para entender o seu funcionamento.

Ana Carolina  também classifica como desafiador o trabalho de uma mulher em um segmento como o transporte de cargas. “Hoje já temos uma presença maior da mulher, mas o setor ainda é um universo muito masculino”, afirma. No entanto, salienta que cada vez mais as mulheres e os jovens estão conseguindo se posicionar e “colocar sua opinião”.

Para ela, participar do ComJovem tem sido muito útil. “Ali passamos a ter contato com outras pessoas que vivem problemas parecidos com os nossos e podemos contar com a experiência dos outros para encontrar as soluções.”