O IsatData Pro, da Inmarsat, permite mais comunicação do motorista com a base, e por um preço mais baixo que o atual

 

Da esq. para a dir.: Willian Beneventi (OnixSat); Silvio Ostroscki, Anu Sood e David Roscoe (SkyWave); Kate Montgomery (Inmarsat) e Augusto Machado (OnixSat)

Embora alcance até regiões onde não existe nenhum outro tipo de comunicação, o rastreamento por satélite padecia de limitações no tamanho das mensagens enviadas e no seu custo. Um motorista de caminhão só podia comunicar latitude, longitude, data, hora e os sinais dos sensores como o botão de pânico em casos de emergência. Mas isso mudou. A partir da última Fenatran, com o lançamento do IsatData Pro, a banda larga chegou também ao rastreamento por satélite.

 

Desenvolvido pela Inmarsat, líder mundial em comunicação global por satélite, e pela canadense SkyWave, outra vantagem do novo sistema é o custo por bite transmitido, 40% menor: “Com a possibilidade do motorista escrever a mensagem, a comunicação entre a central e o caminhão fica mais objetiva. Além disso, trabalhamos com uma rede satelital global, cujo serviço tem o mesmo custo em qualquer lugar do mundo. Este é um diferencial importante para frotas que atuam no transporte internacional”, explica Kate Montgomery, diretora de serviços terrestres da Inmarsat para as Américas.

O sistema também oferece mais velocidade no fluxo de informações: “Trata-se de um conjunto de serviços que, além dos benefícios da segurança, entra como ferramenta de logística com todas as vantagens e o alcance do satélite”, explica Silvio Ostroscki, diretor da vendas da SkyWave para a América Latina.

O IsatData Pro permite, por exemplo, que o motorista possa dar baixa em uma nota fiscal logo após uma entrega, informando o horário e o nome da pessoa que recebeu a mercadoria; não é preciso esperar a volta do caminhão de entrega à base para que esta informação entre no sistema da empresa.

O Brasil é hoje um dos mercados de maior interesse tanto para a Inmarsat quanto para a SkyWave. O novo produto foi desenvolvido para a realidade brasileira: “O IsatData Pro tem a cara do Brasil, levando em conta o que o usuário precisa efetivamente para trabalhar melhor”, explicou Silvio.

A maior parte dos sistemas de rastreamento usados atualmente é de híbridos – onde existe sinal de celular ou rádio, o sistema busca esta comunicação, que é mais barata. Em áreas remotas, entra o satélite. Grandes obras de infraestrutura ou de exploração de minério e, por exemplo, em regiões pouco urbanizadas, podem aumentar a demanda por este serviço: “Além disso, o Brasil tem uma enorme região de fronteiras para proteger”, lembra a diretora da Inmarsat, empresa fundada em 1979 e com atuação em 100 países.