Segundo executivo da BorgWarner, indústria europeia já deixou de desenvolver novos projetos com 400 volts
Na Europa, a indústria deixou de desenvolver novos projetos com baterias de 400 volts para veículos elétricos. Atualmente, a produção está concentrada nos 800 volts e, em três ou quatro anos, as baterias sairão de fábrica com 1.250 volts. A informação foi dada pelo vice-presidente e gerente-geral da BorgWarner, Arnaldo Iezzi Júnior, ao Grupo Carbono Zero, formado por jornalistas e veículos de comunicação voltados à sustentabilidade no transporte.
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Com a evolução da voltagem, os veículos aumentam sua autonomia, que pode chegar a 600 km. E os custos dos elétricos na comparação com os motores à combustão vão se aproximando. “O que nossa empresa enxerga é que, para veículos leves, com o desenvolvimento das baterias e motores, será possível atingir uma paridade (de custo) dentro de três a quatro anos na Europa”, conta.
A BorgWarner estima que, em 2030, 45% das vendas no segmento de leves estarão voltadas para veículos elétricos. No caso de caminhões, o desafio é maior. “Para veículos comerciais, a gente enxerga em torno de 8% de elétricos em 2030. Ou seja, daqui a oito anos, 92% dos veículos comerciais no mundo ainda serão a combustão”, calcula.
Iezzi Júnior diz que a BorgWarner cresce em ritmo acelerado, seja organicamente ou por meio de aquisições. Em 2015, a empresa adquiriu a Delco Remy. Em 2017, comprou a Sevcon; em 2019 a RMS AMRacing ; e em 2020, a Delphi Technologies.
Atualmente, o grupo tem 50 mil funcionários em 22 países com 93 sítios de produção e engenharia.