Segundo nota do Sindicam-SP, os caminhoneiros estão encontrando dificuldade para retomar o abastecimento em função de “pessoas estranhas e alheias à categoria, com interesses outros que não os legítimos do trabalhador que estão infiltradas causando vários incidentes e danos aos veículos e aos seus condutores”.
O departamento Jurídico do SINDICAM-SP protocolou ofício junto ao comando geral da Polícia Militar solicitando que a corporação garanta a segurança de todos os caminhões carregados nos percursos de ida e volta.
Depois de chamar os caminhoneiros de chantagistas, o prefeito Gilberto Kassab disse que só conversaria com as lideranças sindicais com o fim do movimento e que a categoria sabia há um ano da restrição que começou a ser fiscalizada na segunda-feira. A Prefeitura de São Paulo, entretanto, segundo o Jornal do Comercio, procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado (Setcesp) e outras entidades para negociar. O Sindicam- SP, responsável pelo bloqueio aos centros de distribuição de combustível, não havia sido convidado para participar.
O sindicato dos postos de combustível (Sincopetro) afirmou na tarde desta quarta-feira (7) que enviou à Prefeitura de São Paulo e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) um ofício pedindo que a restrição de caminhões na marginal Tietê seja liberada por sete dias, até que o serviço de abastecimento de combustível seja restabelecido.
“100% dos cerca de 2.100 postos da Grande São Paulo estão com o estoque de gasolina zerado e devem zerar ainda hoje o estoque de álcool e diesel”, completou José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de combustível). Cidades do interior também começam a registrar problemas.
Segundo Alisio Vaz, presidente do Sindicom, 2 milhões de litros saíram hoje (7) das bases das distribuidoras em 84 caminhões escoltados pela polícia, mas a demanda para a Grande São Paulo é de 30 a 40 milhões por dia, ou seja, apenas entre 5% e 6% da demanda foi atendida. Os caminhões que saíram, contudo, estão se dirigindo a serviços essenciais, como polícias, bombeiros e saúde. “Apenas cerca de 10% das entregas vão para postos. Os comboios estão com escolta, mas não há possibilidade de escolta atender a todos”, afirmou o presidente.
Pelos cálculos do sindicato, caso não haja flexibilização da prefeitura, a normalização do serviço deve demorar de sete a oito dias –aberta a exceção nas marginais, o serviço pode voltar em três ou quatro.
Com informações do UOL e Assessoria de Imprensa do Sindicam – SP