Valdinei Souza, no Posto Sakamoto

Revista Carga Pesada

 

O último aumento de preços de combustíveis autorizado pela Petrobras, que rapidamente chegou aos postos, foi a principal queixa que a equipe da Revista Carga Pesada ouviu dos caminhoneiros nesta quinta-feira (8), pelo projeto “As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve. E a Revista Carga Pesada Publica.”

“Óleo diesel a quase R$ 3 não dá. Não tem como andar”, afirmou o baiano de Feira de Santana Valdinei Souza, no Posto Sakamoto. Carregando gesso, ele diz que um frete entre Fortaleza a São Paulo sai a R$ 9 mil. “Mas a gente gasta R$ 5 mil de óleo, vai tirando as outras dedpesas e não sobra nada.”

Renilson Dantas, do Rio de Janeiro

Apesar disso, ele, que tem 15 anos de estrada, é casado e tem um filho,  está feliz. Questionado sobre o que há de bom neste momento, ele responde: “De bom tem a vida  que eu levo e gosto muito”, conta. Se o frete estivesse mais alto e o diesel a R$ 2,50, para o baiano, tudo estaria uma “beleza”.

Renilson Dantas, do Rio de Janeiro, puxa vacina para o Ministério da Saúde. Ele é empregado e só ganha salário – sem comissão. “Estou satisfeito com o meu salário. A estrada do Rio para São Paulo é boa. O único problema são alguns engarrafamentos.” Não fosse o preço do diesel e o valor do pedágio, para ele estaria tudo tranquilo.

Outro bem satisfeito com a profissão é o carioca Antonio Manoel Reis. Também motorista de ônibus, ele prefere o caminhão.  “Dirigir ônibus principalmente no Rio de Janeiro é muito estressante. No caminhão, é tudo tranquilo. A Dutra está excelente. Está tudo de bom.”

Wanderson Silva Santos

Já no Posto Farol, a reportagem conversou com o Wanderson Silva Santos, de Cachoeiro do Itamerim (ES). Ele transporta granito e reclama que está tendo de gastar muito dinheiro para adaptar o veículo às novas leis que regem esse segmento. É preciso comprar garrotes, cintas e travas. “Acontece que estão aproveitando que  nós somos obrigados a comprar e estão jogando o preço lá em cima. Com o frete defasado e o preço do óleo diesel fica difícil”, afirma. De acordo com ele,  a adaptação está custando entre R$ 4.500 e R$ 5 mil.

Nesta quinta-feira, o projeto também esteve na Rodovia Fernão Dias, na região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na sexta-feira (9), a bordo de uma van Mercedes-Benz Vito, a Carga Pesada chega aos postos Estrela Graal, em Queluz, e no Arco Íris, em Aparecida.

Antonio Manoel Reis

Além da Mercedes-Benz, a iniciativa tem a OnixSat como parceira. A empresa cedeu um kit móvel do rastreador Smart 2 híbrido que será instalado na van. Ele funciona tanto via sinal de celular quanto via satelital.

Confira fotos e vídeos do projeto na fan page da Carga Pesada, no Facebook.

Leia mais sobre o projeto clicando aqui.

Os repórteres do projeto, Vivian Guilhem e Ralfo Furtado, diante do MB Vito, no Posto Sakamoto