Dilene Antonucci e Nelson Bortolin

Revista Carga Pesada

 

Trabalhando com carga fracionada de louças sanitárias em grandes centros das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a ES Transportes, de Vitória (ES), foi uma das primeiras a comprarem o caminhão semipesado Econfort Atego 2430, da Mercedes-Benz. A empresa, que já utilizava os Atego 2425 e 2426, adquiriu 10 veículos do novo modelo. Numa frota total de 60 caminhões, a transportadora só possui um extrapesado, um Actros.

O sócio-proprietário da empresa, Jeferson Sedano, explica por que, embora faça longas viagens – de até 2.700 km – a ES só utiliza semipesados: “A principal razão é que as carretas batem muito atrás e acabam quebrando a carga, que é frágil”. Além disso, ele ressalta que as operações da transportadora são de porta a porta, em grandes centros urbanos. “O caminhão (rígido) tem mais facilidade para circular”, explica.

Jeferson Sedano, da ES: comprou 10 Atego 2430 de uma vez

Com os veículos da linha Econfort, o empresário afirma que os motoristas estão satisfeitos. “O fato de ter câmbio automatizado reduz muito o estresse do profissional. Além disso, a condução é mais macia e o ruído é menor”, destaca.

A Trans Kothe, de São Paulo, já comprou 44 P310 da Scania, na versão 8×2, para o transporte de carga frigorificada. A empresa faz tiros longos, como o transporte de peixes de Santa Catarina para o Nordeste ou de carne com osso do Tocantins para o Sul e o Sudeste. Antes, utilizava cavalos extrapesados com carretas de três eixos nessas operações.

O diretor operacional da transportadora, Josiney Fermino, explica por que trocou uma capacidade de carga líquida de 28 toneladas por outra de 16,5 toneladas: “A carga é fracionada e entrego basicamente em grandes centros. Ganho muito em agilidade. Em muitos locais nem consigo chegar com a carreta. Aí o cliente tinha de vir com um caminhão buscar a carga em outro ponto”, afirma.

Segundo ele, a combinação de cavalo com carreta LS chega a 18,6 metros de comprimento e o caminhão rígido 8×2, a 11 metros. “Tenho agora um veículo bem mais curto com um equipamento de refrigeração de última geração”, explica.

Josiney Fermino, da Trans Kothe: P310 8×2 para levar carne e peixe

Ele diz que os motoristas, que chegam a fazer três mil quilômetros no veículo, estão muito satisfeitos com o conforto. “Cabine-leito, ar condicionado, caixa automatizada, suspensão a ar. Dizem que é como dirigir um automóvel”, conta. A empresa, que atua em vários segmentos, tem uma frota de 400 veículos.

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