SETEMBRO DE 2010

“Ao ser contemplado, é um capital que chega sem você esperar”, disse um dos clientes do Consórcio Scania Brasil, em reunião realizada em Maringá (PR).

Chico Amaro

Para as pequenas empresas de transporte de carga, a sobrevivência e o crescimento impõem a atuação em grupo, para poder enfrentar os “tubarões”. As que vivem assim até que têm pouco do que se queixar. Para renovar a frota, existem os juros baixos do Procaminhoneiro e do Finame. Já os bancos têm bastante dinheiro (mais caro) para emprestar. E tem ainda o consórcio, que muitos encaram como uma forma de poupança.

Esses foram os comentários mais repetidos na Assembleia Itinerante do Consórcio Scania Brasil realizada em  Maringá (PR), território da concessionária P.B. Lopes, no início de setembro.

Ali foram vendidas 86 cotas, informou o diretor geral do Consórcio Scania, Antônio Carlos Rocha. Elas se somam a um total de 12 mil cotas de caminhões, das quais 4 mil já contempladas e 8 mil à espera. O consórcio contempla 180 cotas por mês.

Rocha diz que a participação do consórcio nas vendas da Scania está reduzida a 18%, devido às facilidades de outros financiamentos. Já foi de 60%. “Mas o consórcio continua sendo a melhor opção para quem tem caminhão usado e não quer pagar 2% de juros por outro usado fora do Finame”, acrescenta.

Outra atração do Consórcio Scania: os prêmios em forma de viagens turísticas para duas pessoas. Basta comprar uma cota com o valor mínimo de um Scania 420 (perto de R$ 330 mil) para ganhar. Em outubro começou uma “revoada” de 2.900 passageiros rumo a Madri, para uma estadia de cinco noites.

Um dos clientes ouvido pela Carga Pesada disse que “gostou demais” de ter ido a Lisboa por conta do Consórcio Scania. Alexandre Petik, da Madeireira Petik, de Paranavaí (PR), tem sete caminhões para o transporte de soja e madeira. “Sempre tivemos uma cota de consórcio”, informou. “É uma poupança. Quando sai o caminhão, é um capital que você não espera”.

Everaldo Rocha Barros, da Distribuidora de Fumos e Transportes Rodoviários, de Campo Mourão (PR), faz parte do Grupo Campo Mourão (GCM), criado há três anos, que reúne 50 empresas e 150 caminhões. Ele tem três caminhões e já financiou pelo Procaminhoneiro. “Mas no consórcio a prestação é baixa. Em comecei pagando 70% da parcela e deixei para acertar a diferença mais tarde”, disse.

Em Mandaguaçu, vizinha a Maringá, os transportadores também estão formando seu grupo, segundo Egberto Marcos Formigoni, da Formigoni Transportes. É o Proman e tem 140 caminhões. Egberto, que tem 16 Scania, acabou de comprar sua primeira cota de consórcio. “Decidi comparar com o Procaminhoneiro. Mas ainda não posso dizer o que é melhor”.