Nelson Bortolin

Revista Carga Pesada

 

 

 

A crise econômica fez crescer a importância da recapagem. Uma reforma custa em torno de 40% do valor de um pneu novo. Mas, devido à grande desaceleração da economia, que fez muitos transportadores ficarem com caminhões parados no pátio, o gerente de marketing da Vipal, Tales Cardoso Pinheiro, informa que a procura por reforma de pneus também caiu.

Ele sustenta que não basta recapar para se reduzir o custo operacional do transporte. É preciso fazer gestão de pneus, “cuidar deles desde o início para que possam ser reformados por várias vezes”. De forma geral, segundo Pinheiro, o transportador brasileiro vem se preocupando com essa questão.

Tales Cardoso Pinheiro, da Vipal

O risco, neste momento de crise, na opinião do gerente, é o frotista optar por produtos novos mais em conta e de menor qualidade. “Pode parecer vantajoso a princípio, mas existem pneus que não dão sequer uma reforma, são descartáveis”, avisa. A conta tem de ser sempre com base no custo por quilômetro rodado. “Às vezes um pneu que custou 120 é mais barato que um que custou 100. O transportador tem de ter o controle do ciclo de vida do pneu”, argumenta.

Pinheiro ressalta que gestão de pneus não é um programa complexo que só possa ser adotado por grandes companhias. “Estamos falando de práticas simples que, no fim das contas, representam grande economia.  São coisas do tipo: calibrar o pneu regularmente, tirá-lo no momento certo para reforma, fazer o rodízio”, ensina.

Fabiano Fratta, da Tipler

O frotista também deve cobrar informação de seu reformador. “Tem de chegar para a gente e dizer: ‘o que é que eu faço para ter o menor custo por quilômetro rodado?'”

Fabiano Fratta, gerente de Negócios da Tipler, diz ser importante que as empresas de transporte busquem informações e invistam em treinamento para os motoristas, além de adotarem controles eficientes objetivando utilizar ao máximo a carcaça do pneu.

Ele ressalta que o frotista deve levar critérios técnicos em consideração tanto na escolha do pneu novo quanto da reforma. “Isso, além de nos trazer segurança, traz economia na hora da recapagem. A definição correta de um desenho apropriado para determinado segmento pode causar uma grande variação no desempenho quilométrico do pneu e no consumo de combustível do veículo”, declara. Outra dica é sempre procurar um reformador credenciado pelo Inmetro.

Fratta conta que a Tipler passou por uma reestruturação de sua rede. “Qualificamos nossos concessionários para entregar ao consumidor final um serviço de qualidade e produtos de alto desempenho. Isso para nós é prioridade. Tivemos um incremento de vendas com a entrada de novos concessionários e com o investimento em ampliação de estrutura de alguns integrantes de nossa rede”, afirma.

 

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