Equipamentos estão até 70% mais caros, segundo o Diretor Executivo do Grupo EXE, Paulo Thiago Miranda.

O aumento dos custos de máquinas e equipamentos, que em alguns casos chegam a 70%, é um dos principais desafios da indústria de mineração no período pós-pandemia. O Diretor do Grupo EXE, Paulo Thiago Miranda, questiona se o mercado conseguirá absorver o aumento desses valores. “São aumentos significativos. Você pega um equipamento que custava R$ 650 mil, R$ 700 mil, hoje custa R$ 1,1 milhão. Uma máquina que custava R$ 800 mil, hoje custa R$ 1,4 milhão”, exemplifica.

Insumos também estão bem mais caros. O litro do óleo utilizado para execução manutenção preventiva, por exemplo, passou de R$ 12 para quase R$ 20.

O impacto da inflação sobre os salários do setor são outra fonte de preocupação. “Vai ser preciso fazer uma regularização de salários”, explica. “Será que os mineradores vão conseguir absorver todo esse aumento?”, questiona.

Apesar das preocupações, o empresário diz ser uma pessoa otimista, que acredita muito no potencial do País.

MEIO AMBIENTE

Ao contrário do que muita gente pensa, segundo Miranda, a mineração não é o vilão do meio ambiente brasileiro. “Pelo contrário. A mineração é hoje um dos pilares para a proteção ambiental”, alega. A justificativa para a afirmação é que o setor é bastante regulamentado e a tecnologia, de acordo com ele, vem ajudando a tornar a atividade mais sustentável.

O Grupo EXE, além de realizar uma série de projetos de responsabilidade social, vem apostando numa política de ESG (da sigla em inglês: environmental, social and corporate governance), que trata das melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio.