A solenidade foi realizada na fábrica, em Ponta Grossa (PR). O primeiro cliente da marca diz que rodou 400 mil quilômetros em dois anos sem problemas de manutenção
Desde que adquiriu o primeiro caminhão DAF vendido no Brasil, um extrapesado XF105 6×4, em 2014, que já rodou mais de 400 mil quilômetros, a Transportes Begnini, de Carambeí (PR), não teve nenhum problema de manutenção. Devido a esse resultado, e para manter a condição de pioneira, a empresa, cuja sede fica a apenas cinco quilômetros da fábrica da DAF, em Ponta Grossa, acaba de adquirir cinco unidades do modelo CF85 4×2, récem-lançado no Brasil.
A Transprimo e a Costa Teixeira são outras duas importantes transportadoras da região dos Campos Gerais que também aderiram à marca DAF. No total, as três compraram 60 caminhões, cuja entrega simbólica foi feita em solenidade na fábrica de Ponta Grossa. A DAF já estava com 3,7% de participação de mercado em janeiro. A meta é fechar o ano com 5%.
Na DAF prevalece uma visão de longo prazo, de acordo com o diretor: “Estamos investindo em novos produtos, estão em teste protótipos que devemos lançar no ano que vem, como o canavieiro. Temos clientes que já rodaram mais de 500 mil quilômetros e já rodamos mais de 4 milhões de quilômetros testando caminhões no Brasil desde que chegamos ao País em 2013”.
Em breve a concessionária MacPonta, de Ponta Grossa, vai inaugurar uma revenda em Marialva, vizinha de Maringá, no Norte do Paraná. A rede já conta com 21 casas, pertencentes a 14 grupos. Este ano serão inauguradas outras revendas, em Itajaí (SC), Caxias do Sul (RS) e Sumaré (SP).
José Divalsir Gondaski, o Ferruge, diretor da MacPonta, diz que a aceitação dos caminhões DAF tem sido muito boa: “As transportadoras da região ajudam a fortalecer a marca”.
Transportadoras tradicionais da região de Maringá, como o G10 e a Hungaro, estão testando os caminhões DAF com bons resultados. “Também estamos apostando na aceitação dos novos modelos para o transporte de cana e madeira, já que temos grandes empresas desses ramos em nossa área de atuação, como a Klabin.”
BEGNINI – Transportando ferro, aço, carga viva e contêiner, a Transportes Begnini tem 10 caminhões DAF na frota. “Fomos os primeiros a comprar o XF no Brasil e agora somos os primeiros a comprar o CF”, afirma Daniel Begnini.
“O caminhão realmente é muito bom”, prossegue. “Eu lhe daria uma nota 9,9. É confortável, seguro, não quebra e sai pronto para o trabalho.” Begnini diz que seus negócios vão bem, apesar da crise. “Para quem está preparado, crise é oportunidade. Quem é do ramo se sustenta e vai cruzando o atoleiro.”
TRANSPRIMO – Com uma frota de 170 caminhões, sendo 16 DAF, a Transprimo transporta açúcar, grãos e cargas industriais. Seu diretor Edinho Moro diz que já sabia da boa fama dos caminhões DAF na Europa, antes da fábrica ser instalada no Brasil. “Compramos dois e só tivemos resultado positivo”, explicou. Seus maiores elogios são para o sistema de freios dos caminhões: “Na nossa operação com rodotrens em descidas de serra, o freio da DAF se destaca das outras marcas e dá mais segurança para o motorista. O consumo de combustível é equivalente ao das marcas líderes”.
Sobre o mercado, Edinho diz que a redução drástica nos volumes de carga industrial foi em parte compensada pela carga agrícola: “Nossa esperança é a exportação de produtos agrícolas, é o que vai salvar nossa balança comercial”.
COSTA TEIXEIRA – Ex-funcionário da Klabin, Cláudio Costa Teixeira desde criança gostou de caminhões. Natural da cidade de Tibagi (PR), por exigência da mãe foi estudar engenharia florestal. Há 30 anos, saiu da indústria de celulose e montou a transportadora Costa Teixeira, realizando finalmente seu sonho.
Hoje a empresa tem 400 caminhões próprios e 300 agregados: “Começamos com bobina de papel e fomos crescendo. Hoje transportamos carga industrial, como embalagens da Tetra Pak”, explica Cláudio.
Quanto à DAF, ele acha que a montadora também vai crescer. “E nós temos que estar junto com eles. Compramos 20 caminhões, incluindo o XF com cabine Mega Space, a maior do mercado. O caminhão não dá manutenção, tem torque e o motorista gosta disso.”