“Este foi um ano de aprendizado. Para 2015, projetamos conquistar 1% do mercado de pesados (acima de 16 toneladas) vendendo de 900 a 1000 unidades”. Foi assim que o presidente Marco Dávila descreveu o plano de curto prazo da montadora DAF que há um ano iniciou a fabricação dos modelos XF 105 na planta de Ponta Grossa de onde saíram cerca de 400 unidades.
Para isso, além de bons produtos, é essencial uma rede estruturada. Já são 20 casas estrategicamente instaladas e o plano é chegar a 2019 com 100 lojas da marca pelo Brasil.
E o valor exigido não é pequeno: cada casa matriz demanda investimentos de R$ 10 milhões em terreno de, no mínimo, 20 mil metros – para permitir manobra de composições como bitrens e rodotrens – além de área construída de pelo menos 5 mil metros.
O Grupo Paccar, que controla a DAF, e é o sexto maior fabricante de caminhões do mundo, garante que é possível que estas concessionárias cubram seus custos apenas com o movimento de oficina e peças, pelo menos é assim em outros países onde o grupo atua. No México, por exemplo, a participação de mercado do grupo chega a impressionantes 60%.
Num modelo de negócios inovador para o mercado brasileiro, além de peças da Paccar (para os motores) e DAF, as concessionárias comercializarão itens da marca TRP, linha que dispõe de produtos para diversas outras marcas de caminhões, carretas e ônibus.
A fábrica de Ponta Grossa está localizada ao lado da rodovia que liga Ponta Grossa a Castro (PR 151) em um terreno de 2,3 milhões de m², a maior área do Grupo PACCAR. O espaço destinado à fábrica possui 270 mil m², com capacidade para produzir 10 mil caminhões por ano. A planta está pronta para futuras expansões, programadas de acordo com os próximos lançamentos e o crescimento do volume de vendas.