Empresa que comemora 65 anos no Brasil participou do IAA com foco em três pilares
A parceria entre sistemistas e montadoras ganhará cada vez mais força com a chegada de novas tecnologias de caminhão. É essa a aposta da Eaton, que comemora 65 anos de Brasil e em janeiro deste ano adquiriu a Royal Power Solutions, ampliando a oferta de soluções de conectores, que já atendem veículos à combustão, híbridos e elétricos.
“O trabalho em conjunto é a melhor forma de encarar os desafios. É difícil uma empresa sozinha, sem trabalhar com parceiros, estar à frente das melhores alternativas em termos de tecnologia”, afirma Sérgio Kramer, diretor geral para Veículos Comerciais e Fora-de-Estrada da Eaton.
“Quando a gente fala em veículo elétrico, muita gente tem ilusão de que se trata de um sistema simples. Mas a complexidade por trás é gigantesca. Então, cada vez mais a integração da montadora com os sistemas vai acontecer”, declara Henrique Uhl, gerente de Desenvolvimento de Mercado e Planejamento de Produto da empresa.
Os dois concederam uma entrevista ao Grupo Carbono Zero, que reuniu jornalistas e publicações como a Revista Carga Pesada, para uma cobertura sustentável do IAA Transportation 2022, realizado em setembro na Alemanha.
Veja no vídeo:
Kramer explicou que a Eaton focou em três pilares na feira, que é a maior do setor em todo o mundo. “Um dos pilares são os produtos que temos junto com a Royal Power Solution, que é a fabricação de terminais e conectores especiais.” Segundo ele, trata-se de um segmento que tem um nível de exigência bem avançado devido às “condições de vibração, corrosão e durabilidade necessárias para serem aplicadas em veículos elétricos”.
O segundo pilar está relacionado ao eMobility. “É uma linha de produtos que a gente já vem discutindo e mostrando há um bom tempo. São sistemas para power eletrônicos, toda parte de proteção de distribuição de sistemas elétricos”, afirma o diretor.
O terceiro são os power systems. “Aí a gente tem o braço que entram as nossas transmissões para veículos elétricos, transmissão de quatro velocidades para veículos leves, médios e pesados, sistemas de engrenamento para poder trabalhar com motores de alta velocidade, motores elétricos de 14, 15, 16 mil RPMs.”