“Total de desempregados chega a 13,7 milhões, e dificulta a recuperação da atividade (econômica). Empresas estão em compasso de espera para conhecer os planos dos candidatos à presidência.”
Esse é o trecho inicial de uma notícia divulgada por um site no dia 28 de abril, com base em dados sobre desemprego informados pelo IBGE, relativos ao primeiro trimestre deste ano.
O leitor deve entender que nossa intenção, ao abrir este texto com um dado decepcionante como esse, não é a de deixar ninguém triste e deprimido. Mas temos que confessar que quisemos dar um certo choque – um choque de realidade.
A realidade anda difícil para um número cada vez maior de pessoas e empresas. E estamos falando de empresas dos mais diferentes portes. Evidentemente, as menores são as que sofrem mais, e são as primeiras a morrer, numa situação em que um país não encontra uma perspectiva de crescimento econômico. Já as pessoas… a crise econômica agrava a crise social, isola as pessoas, desorganiza o esforço coletivo, aumenta a criminalidade etc., etc. etc.
Mas, e quanto ao futuro? O primeiro parágrafo deste texto abre uma perspectiva. Diz que estamos em compasso de espera para conhecer os planos dos candidatos à presidência. Colocadas dessa maneira, as ideias nos fazem pensar que, conhecidos os tais planos, nós, eleitores, vamos escolher o melhor, eleger o candidato e pronto – a vida vai mudar para melhor.
Essa, obviamente, é a esperança de todos nós. De nós, da Carga Pesada, também. No entanto, temos que estar preparados para um futuro incerto, porque, seja qual for o plano econômico que escolhermos (e o correspondente presidente), a política continuará produzindo grande instabilidade no Brasil.
Digamos que o maior antídoto, para enfrentar uma situação dessas que estamos vivendo, está em… trabalhar. Pelo menos para quem pode. Pelo menos para quem encontra trabalho. Pelo menos para quem cria trabalho. Pelo menos para quem teima em trabalhar. Como nós, da Carga Pesada.