As diretorias da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) vão cobrar do governo a resolução dos problemas imediatos decorrentes da aplicação da Lei 12.619/12, que disciplina sobre a jornada de trabalho dos caminhoneiros. Em nota á imprensa as entidades pedem o adiamento da aplicação da Lei por 360 dias, além de outras medidas para amenizar “a crônica deficiência de infraestrutura logística do País para o escoamento da safra de grãos.”

Essa foi a principal decisão tomada após as discussões e debates durante o Fórum Safra Recorde de Grãos: os Desafios da Logística, realizado pelas duas entidades nesta quarta-feira (28), em São Paulo.

 “É necessário conceder um prazo maior para que sejam colocadas em prática as novas medidas, em especial a formação de motoristas profissionais, cujo módulo de treinamento específico, que inclui aulas práticas e conhecimento dos novos modelos de veículos e tecnologias, demanda mais de  200 horas”, diz a nota.

O documento deverá ter a adesão de outras entidades que participaram do encontro, como a Associação do Transporte Rodoviário de Carga do Brasil (ATR) e do Movimento União Brasil Caminhoneiro. “Quanto mais gente aderir, mais força teremos para mostrar ao governo que a situação é grave e ficará ainda mais crítica no ano que vem, com a colheita da safra recorde de grãos, que deverá alcançar 180 milhões de toneladas”, diz Carlo Lovatelli, presidente da Abiove.

A NTC&Logística também realiza um encontro para debater a Lei 12.619/12 nesta quinta-feira, dia 29, a partir das 13:30 na sede da entidade em São Paulo. Mais informações no site http://www.portalntc.org.br/