Uma reunião da Comissão de Equilíbrio Concorrencial do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS) realizada na tarde de ontem, 03 de março, referendou a recomendação da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) para o reajuste do frete em 14,11%.
Estudo elaborado pela NTC&Logística aponta que os fretes praticados por empresas têm uma defasagem de 14,11% com relação aos custos efetivos da atividade. Conforme a entidade, a diferença decorre, principalmente, da inflação sobre insumos do setor, além de perdas que vêm se acumulando ao longo dos últimos anos. O levantamento foi apresentado em reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (CONET), realizado no dia 26 de fevereiro, em Salvador.
De acordo com a NTC&Logística, entre os itens que vêm pressionando as despesas dos transportadores estão o forte impacto do aumento do preço do óleo diesel, das restrições à circulação de veículos nos centros urbanos, barreiras fiscais, ineficiência de terminais de embarcadores, questões trabalhistas e o aumento significativo de exigências operacionais, comerciais e financeiras por parte dos clientes. Somam-se a isso as precárias condições da infraestrutura enfrentadas pelas empresas e a escassez de mão de obra qualificada, que registra atualmente uma falta de 106 mil motoristas no mercado. A insegurança também impacta nos custos. Para evitar roubo de cargas, as empresas têm sido obrigadas a investir recursos pesados no uso de escoltas e planos de gerenciamento de risco.