Com 70% das obras concluídas no trecho entre Caetité e Barreiras, ferrovia estratégica do Novo PAC  destrava gargalos logísticos

Fonte: Infra S.A.

Com 1.527 quilômetros de extensão, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) avança como uma das principais obras estratégicas do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3). O projeto visa ligar o porto de Ilhéus (no litoral baiano) a Figueirópolis (em Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul.

O trecho 2 da obra, que liga Caetité a Barreiras (BA), é o destaque desta nova fase. “A construção da FIOL permitirá a criação de um importante vetor de desenvolvimento sustentável e competitividade para o Brasil no eixo Leste-Oeste do país, equilibrando a matriz de transporte com o incremento do modal ferroviário”, destaca o diretor de Empreendimentos da estatal Infra S.A., André Luís Ludolfo da Silva.

Ele afirma que a obra é essencial para o escoamento de minérios do sul da Bahia e grãos do oeste baiano, ressaltando que a FIOL será ponto estratégico da futura ferrovia bioceânica, que integrará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio do Porto de Chancay, no Peru.

Avanços e obras destravadas

Com a inclusão prioritária no Novo PAC, as obras da FIOL ganharam novo ritmo. Somente no primeiro semestre de 2025, a Infra S.A. destinou R$ 66,2 milhões em investimentos públicos para a FIOL 2. No mesmo período, os investimentos totais da empresa em ferrovias alcançaram R$ 106,8 milhões. O aporte, somado a acordos históricos, como o firmado com comunidades quilombolas em Bom Jesus da Lapa, permitiu a retomada de trechos parados há mais de uma década.

O avanço da fase dois, segundo a Infra S.A., atingiu 70,5% de execução acumulada até junho deste ano, com previsão de novos editais ainda em 2025 para a conclusão dos lotes remanescentes. Segundo a estatal, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) foi fundamental para garantir eficiência e transparência, consolidando a retomada das obras.

Segundo o superintendente da Superintendência de Mercado (Sudem), Tharlles Fernandes, dados do Ministério do Trabalho mostram que 9.200 empregos formais foram gerados (+35%) nos 12 municípios impactados pela construção da FIOL II. Esse acréscimo corresponde a aproximadamente 10% dos empregos totais da região, destacou.