A comemoração incluiu o lançamento, em março, de uma edição especial com as quatro opções conhecidas de motor: 420, 460, 500 e 540 cv.
O “FH 20 anos” tem uma faixa colorida cruzando a lateral da cabine, além do letreiro Globetrotter no alto da parte frontal, com a identificação visual da data ao fundo. Tem também airbag, climatizador, suspensão a ar na cabine, bancos e volante de couro, rádio, CD, MP3, comandos no volante e uma faixa de madeira no painel.
HISTÓRIA – O FH12 Globetrotter com 380 cv chegou ao Brasil em 1994, importado da Suécia, logo depois da implantação do Plano Real, que aumentou a demanda de cargas industriais, mais leves, no País. A Volvo decidiu então investir nos modelos cara-chata. Na época, eles representavam menos de 15% do mercado. “Hoje vemos que a decisão foi acertada. O modelo com cabine avançada podia levar 12 metros cúbicos ou 700 quilos de carga a mais”, lembra o diretor geral da Volvo, Bernardo Fedalto.
Em 1998, o FH começou a ser produzido na fábrica de Curitiba. De lá para cá saíram sete versões do primeiro caminhão com motor eletrônico montado no Brasil.
O modelo introduziu no mercado brasileiro o conceito de célula de sobrevivência e cabine confortável com 1,95 de altura, estampada em aço de alta resistência, suspensão com câmaras pneumáticas e amortecedores de duplo efeito, além do visual moderno para os padrões dos anos 90.
O primeiro motor com injeção eletrônica D12A mostrou ser mais econômico, por controlar com mais precisão a injeção do combustível, graças ao comando de válvulas no cabeçote e unidades injetoras para cada um dos cilindros.
Outra novidade foi o freio-motor VEB (Volvo Engine Brake), de 326 cv (hoje já passa dos 500 cv), com alta potência de frenagem e que aumentou para 300 mil quilômetros o intervalo nas trocas das lonas.
O primeiro FH foi vendido pela Vocal – na época concessionária Volvo para São Paulo – para a empresa XHP, que transportava frutas em baús frigorificados do Norte da Argentina para a Ceasa. “O cliente comprou o caminhão só de ver a foto”, lembra Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus, na época gerente da Vocal.
Em 1999, o modelo ganhou o motor D12C, de 380 e 420 cv, equipado com computador de bordo central, “uma ferramenta para se obter uma série de informações sobre o desempenho do caminhão, aumentando a produtividade do veículo”, lembra Sérgio Gomes, diretor de estratégia da Volvo e um dos principais responsáveis pela vinda do FH para o Brasil.
No início houve resistência por parte dos motoristas, que viam o computador como um “dedo-duro” que registrava informações sobre a forma de condução. Mas o aumento do conforto facilitou a adaptação à novidade.
Em 2003, além do motor de 460 cv, chega a primeira geração da caixa de câmbio I-Shift, a única sem pedal de embreagem, e que atualmente equipa mais de 90% dos caminhões Volvo. “Mostramos para o cliente que maior potência não significava maior consumo e sim mais produtividade com melhores velocidades médias”, lembra Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo.
Em 2009 o modelo ganha os dispositivos de segurança ativa como o Controle Eletrônico de Estabilidade, e em 2012 os motores Euro 5, que reduzem o consumo e as emissões. Com tudo isso, o FH 440 6×2 foi por três anos o caminhão mais vendido do Brasil.