“Bater um ar”, apenas, não resolve. Pelo contrário: pode mandar sujeira para dentro do motor

A economia que se pode obter de um motor a diesel não é só no consumo de combustível, mas depende de outro elemento importantíssimo na combustão, do qual muitos esquecem: o ar.

Quanto mais puro for o ar que entra no motor, maior a eficiência da queima e maior a economia de diesel. E a pureza do ar é obtida através do filtro de ar.

“Bater um ar” para tirar a poeira do filtro, adiando sua troca por um novo, é um hábito comum a muita gente, mas o resultado pode ser péssimo.

O consultor técnico da Mann Filter, André Gonçalves, explica que o compressor usado para “bater o ar” no filtro pode ter óleo, umidade e ferrugem, e toda essa sujeira pode ir parar dentro do motor, aumentando o consumo de diesel. O feitiço vira contra o feiticeiro…

André Gonçalves, da Mann Filter: o prazo de troca depende da operação do caminhão

Além disso, a força do ar do compressor danifica as fibras de celulose do filtro, reduzindo sua capacidade de reter detritos.

Mas quando o filtro de ar deve ser trocado? Segundo o consultor, depende da operação. “Numa usina de cana, já vi filtro durar no máximo 15 mil quilômetros. Mas trafegando somente em asfalto bem conservado, pode chegar a 100 mil quilômetros.”

A saída é ficar de olho nos indicadores de manutenção presentes em quase todos os caminhões com motores eletrônicos. E só usar filtros de qualidade.

 

O lubrificante certo traz eficiência

Andrea Alves, da Mobil: novos motores exigem mais proteção do óleo

Baixo consumo de combustível, menores emissões e redução dos custos de manutenção são alguns dos resultados que as novas tecnologias de lubrificantes buscam atender, mas é preciso que seja utilizado sempre o produto adequado para o tipo de veículo, diz Andrea Alves, coordenadora de marketing da Mobil para o segmento de frotas.

As novas tecnologias a que Andrea se refere são aquelas que acompanham os motores Euro 5. Para acompanhar a evolução dos motores, foi lançado no ano passado o Mobil Delvac MX ESP 15W-40.

“A composição do óleo precisou adaptar-se aos sistemas de pós-tratamento de gases para alcançar uma redução significativa no nível de emissão de poluentes. A aditivação para os novos lubrificantes foi desenvolvida para poder suportar as condições mais severas dos motores, inclusive de temperatura, proporcionando mais proteção e ampliando a vida útil do motor”, segundo Andrea.

É importante lembrar que a melhor maneira de escolher o lubrificante certo é consultando o manual do veículo. Nele, o usuário irá encontrar a viscosidade SAE e o nível de desempenho API ou ACEA recomendados pelo fabricante do veículo.