Diretor do Setcesp afirma que o setor está preparado para a tarefa, mas ainda carece de informações
Apesar de ter prometido o início da vacinação contra a Covid-19 para fevereiro, o governo federal ainda não passou para as transportadoras rodoviárias de carga nenhum planejamento da campanha. Mas o setor não vê dificuldades em realizar a tarefa. É o que garante o diretor da Especialidade de Transportes de Produtos Farmacêuticos do Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp), Gylson Ribeiro.
“Não vejo problema em atender não só os estados, mas todos os municípios do País. Mas precisamos saber a quantidade, a origem e o destino dessas cargas”, afirma. Ele conta que a Associação Nacional das Transportadoras, a NTC&Logística, encaminhou uma série de perguntas ao Ministério da Saúde, que ainda não foram respondidas.
Nem mesmo a vacina da Pfizer, que precisa ser mantida em temperatura de 70 graus negativos, é um problema, segundo Ribeiro. “Existem empresas que já têm esse tipo de procedimento para materiais biológicos que transportam.”
De acordo com o diretor, um contêiner de 15 metros cúbicos pode levar cerca de 250 mil doses de vacina. “O Brasil deverá ter 70 milhões de doses para transportar em 12 meses. A logística a ser montada não é fenomenal. Precisamos basicamente de três informações: volume, origem e destino e a data para entrega.”
Ele calcula que serão necessários 280 contêineres para transportar todas as doses pelo País no próximo ano. E diz que o número de equipamentos existentes hoje é mais que suficiente.
O gerenciamento de risco deverá ser a parte mais complexa da operação. E Ribeiro acredita que todo carregamento terá de ser escoltado.