Ponte Rio-Niterói, concedida ao Grupo CCR

Fonte: Valor

O governo federal pretende negociar uma remuneração menor para os novos investimentos da CCR e Triunfo, que têm concessões de algumas das primeiras estradas federais licitadas há 15 anos. As informações são do jornal Valor Econômico.

A intenção é que os desembolsos, que podem somar R$ 2,5 bilhões e visariam melhorar as rodovias, sejam feitos pelas concessionárias a uma remuneração menor do que a praticada nos contratos atuais – para não onerar ainda mais a tarifa do pedágio, considerada cara.

Caso não concordem, segundo a publicação, as empresas podem até ter seus contratos rescindidos.

O contrato firmado com o governo em 1995 garante aos grupos que exploram rodovias importantes como a Dutra uma taxa interna de retorno sobre o investimento de até 20% – número alto se comparado ao das concessões dos anos 2000, em torno de 8%. Os contratos já tratavam de possíveis novos investimentos nos trechos, mas mantêm a remuneração acordada na época.

O governo federal menciona taxas de 6% – baseado no sucesso da concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN). O presidente da CCR, Renato Vale, não acredita que a companhia aceite taxas de retorno tão baixas como essa. “Se for a 6%, um número que está na moda, nós não vamos fazer. Vamos ter de chegar a um acordo”, disse. O grupo tem as concessões da Ponte Rio-Niterói e rodovia presidente Dutra.