Na visão otimista do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, em oito anos o Brasil terá resolvido os gargalos logísticos do escoamento de grãos no País. Isso significa ter executado os R$ 250 bilhões já projetados no atual Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), divulgado no ano passado. E mais R$ 250 bilhões que seriam definidos em, no máximo, mais três anos. Cada projeto tem prazo máximo de 5 anos para ser concluído.
Além das 12 obras ferroviárias já definidas, que entram em fase de licitação no segundo semestre, há outros cinco em estudos, sendo o principal o que liga Cuiabá a Santarém, na extensão da BR 163. Para transportadores ouvidos pela Carga Pesada (clique aqui para ler mais), se sair do papel, essa ferrovia irá acabar com as longas distâncias rodoviárias no transporte de grãos em Mato Grosso. “Este projeto está na segunda fase do nosso plano. E se tudo correr bem vamos contratá-lo no ano que vem”, afirmou o presidente da EPL.
Ontem, ele participou em São Paulo do 31º Encontro Econômico Brasil Alemanha, onde conversou com a Carga Pesada. Sobre a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que vai ligar Campinorte (GO) a Lucas do Rio Verde (MT), Figueiredo disse que a expectativa é licitá-la em agosto deste ano, caso não seja apontada a necessidade de mudança de traçado. O projeto passará por audiência pública em Lucas do Rio Verde.
Para o presidente da EPL, em 8 anos, entre 70% e 80% da soja brasileira será transportada por trem ou pelos rios. “Vamos reduzir em 30% a 40% o custo logístico atual”, afirma.
O novo formato definido pelo governo, de acordo com ele, irá garantir tarifas ferroviárias mais competitivas. As concessionárias serão responsáveis apenas pela construção e pela manutenção dos trilhos. “Copiamos da Europa o modelo do operador ferroviário independente”, disse.