No dia 22 de abril, o governo federal dará uma resposta sobre a tabela de frete apresentada na última quinta-feira (26) por uma comissão de caminhoneiros e embarcadores. Em reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, disse que é preciso verificar se a tabela é constitucional. Representantes dos caminhoneiros não ficaram satisfeitos com a posição do governo.
O Comando Nacional do Transporte, movimento informal que se destacou nas paralisações de fevereiro, divulgou em sua página no Facebook que haverá nova greve nacional caso o governo não dê resposta positiva em relação a tabela. O início da paralisação seria no dia 27.
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, disse que o setor não pode abrir mão de aprovar com urgência o frete mínimo. “O governo não pode mais abandonar o setor como fez todos esses anos. A inflação está atingindo nosso serviço, os custos com peças e pneus subiram em média 20%. Se não aprovarmos o frete mínimo, que precisa ser impositivo, teremos um verdadeiro caos”, afirmou em nota divulgada pela Abcam.
Outra reivindicações
Segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), o governo irá incluir, em medida provisória que será enviada nesta terça-feira (31) ao Congresso, a prorrogação de financiamento de caminhões pelas linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em relação à anistia de multas aplicadas durante a greve de fevereiro, o governo disse que não poderá atender a essa reivindicação porque não tem competência para tanto, já que elas foram determinadas pelo Poder Judiciário. Outra reivindicação dos caminhoneiros que não será atendida é a redução de impostos sobre o óleo diesel. O governo alega que não pode abrir mão de receitas no atual momento.