Implementadoras esperam comercializar mais 1.200 no pós-feira

Fonte: Assessoria da Fenatran

A indústria de implementos rodoviários vendeu cerca de 2 mil reboques e semirreboques durante a 21ª Fenatran, realizada na semana passada em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do evento, também foram negociados 150 unidades leves (carroceria sobre chassis). Além disso, as implementadoras esperam vender no pós-feira 1.200 produtos, na sua maioria pesados.

“A Fenatran consolidou o movimento de recuperação que a indústria está experimentando nos últimos meses”, afirmou Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Braga também é diretor da Truckvan, que, de acordo com ele, acompanhou o forte movimento da Fenatran. “Abrimos muitas negociações novas e novos contatos com clientes, com isso, já fechamos várias encomendas”, adiantou.

De acordo com a assessoria, o “intenso” movimento de visitantes com decisão de compra e os negócios fechados durante os cinco dias da feira superaram as expectativas de expositores e da organização. A perspectiva desde o início era a de que a 21ª edição do salão acompanharia os sinais positivos emitidos pela economia do país. “Pelo retorno que tivemos dos expositores, essa edição foi uma virada para o setor, e se consolida como a melhor plataforma de negócios em transportes de cargas e logística”, avaliou Gustavo Binardi, diretor de eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora Salão.

O setor de transporte e de logística é um dos principais sinalizadores de desempenho da economia e, considerando a movimentação registrada na Fenatran 2017, em sinergia com a Movimat 32ª edição do Salão Internacional da Logística Integrada, que se encerrou na quinta-feira, dia 19 de outubro, há fortes indícios da retomada do crescimento.

O público, que superou os 50 mil visitantes esperados, pode ver as novidades em produtos e serviços preparadas pelos 350 expositores e especialmente pelos principais fabricantes de caminhões, implementos rodoviários, autopeças, empresas de gestão de frotas e postos de combustíveis.

Todas as sete marcas de caminhões que estiveram presentes na Fenatran fecharam negócios, informou o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale. “O Salão foi um grande sucesso, tanto de público quanto no resultado comercial. As marcas estão aproveitando o momento de alavancagem da economia para retomarem a produção que estava parcialmente paralisada, e os frotistas estão aproveitando para renovar seus veículos”, afirmou.

Megale disse ainda que a avaliação dos fabricantes sobre a organização do evento e sobre a infraestrutura do pavilhão também foram muito positivas.

A palavra “sucesso” também integrou a avaliação do presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes. Para ele, a Fenatran 2017 “superou as expectativas”. “Acredito que essa pode ser considerada a Fenatran da virada. Um marco na retomada da economia após uma crise sem precedentes. Estamos todos muito otimistas e esperançosos de que dias melhores virão”, disse. Fernandes afirmou ainda que todos os segmentos envolvidos com o transporte rodoviário de cargas demonstraram a intenção de voltar a investir.

Bastante entusiasmado com os resultados do Salão, o diretor da área comercial da Volvo Caminhões, Bernardo Fedalto, também afirmou que o evento foi um “marco”.  “Calculamos a venda de cerca de R$ 600 milhões em veículos, por volta de 1500 unidades, que devem ser comercializados a partir dessa edição, fora os R$ 300 milhões em serviços. Destacamos também que a taxa de conversão dos atendimentos foi de mais de 50% em 2017, número inédito. Recebemos muitos clientes médios e grandes, com lotes de 20, 30, 40 veículos”, afirmou. Taxa de conversão de atendimentos é o volume de negócios efetivamente realizados.

Na Scania, segundo seu diretor-geral Roberto Barral, desde o início do ano a marca vinha registrando bons resultados e na Fenatran a boa expectativa foi totalmente comprovada. “Percebemos o sentimento de otimismo em todos os clientes que vieram ao nosso estande”, ressaltou. Barral disse ter ficado surpreso com o índice de aceitação do serviço inédito de manutenção, apresentado no Salão,  que acompanhou os veículos vendidos da marca. Apesar de ser optativo, 90% dos clientes que fecharam negócios na Scania compraram também esse serviço.

Para o diretor de Vendas e Marketing para Caminhões da Mercedes-Benz Brasil, Ari Gomes de Carvalho, a Fenatran “foi melhor do que a encomenda”. “Recebemos um fluxo de clientes maior do que esperávamos. O mercado despertou, e o evento simboliza essa transformação. O que posso adiantar é que, muito provavelmente, zeramos nosso estoque de dois mil veículos que possuíamos antes do Salão”, comentou. Segundo Carvalho, os clientes vieram à Fenatran com a intenção de renovar a frota ou ampliá-la por conta de novos contratos. “E a Movimat, ao ser realizada simultaneamente, também atraiu para o pavilhão um público que não viria visitar os veículos”, afirmou.

“Conseguimos realizar vendas efetivas e todos os pedidos feitos durante o Salão são de clientes com alto potencial de compra, e que certamente contribuirão para o crescimento das nossas operações no Brasil”, revelou o diretor Comercial da DAF Caminhões Brasil, Luis Gambim.  A MAN também elogiou a qualidade dos visitantes e pelo poder de decisão de compra. “Teve um público muito grande que veio querendo fechar negócio, o que ficou muito acima da nossa expectativa inicial. O nosso estande ficou lotado de segunda a sexta”, afirmou diretor de vendas de caminhões, Antonio Cammarosano Filho.

Para a Iveco, a Fenatran deu uma boa injeção de ânimo no setor. “Esse Salão trouxe o que não víamos há um bom tempo: gente sentando para fazer negócios e, principalmente, falar de coisas positivas, otimistas. Nos deu uma grande esperança, a de que quem precisa dos nossos produtos está deixando a crise para trás”, disse o  gerente de Marketing Mauricio Correa.