Luciano Alves Pereira
Com a Lei 12.619, a Lei do Descanso, a transportadora mineira Transpes teve um aumento de custo entre 13% e 15%. A empresa está se ajustando à nova realidade do transporte rodoviário de carga. “Ainda estamos na fase de conversar e trocar impressões com outros representantes do setor e das partes envolvidas, para traçar um diagnóstico preciso da nova situação”, afirma a diretora de Marketing e Relacionamento, Tarsia Gonzalez.
Para ela, o novo cenário pode levar a um processo de fusão das transportadoras brasileiras, com o objetivo de reduzir custos e recuperar a rentabilidade, semelhante ao que ocorreu nos bancos. “Esta é uma possibilidade”, afirma.
Tarsia diz que está se configurando um grande problema para o setor: “Nós dispomos de 750 equipamentos e, já no primeiro mês de cumprimento da lei, tivemos um aumento de gastos de 13% a 15%. Temos de ajustar isso, não dá para suportar”.
Por outro lado, acrescenta, os autônomos não estão sujeitos às mesmas limitações das empresas. “Eles se rebelaram, fizeram greve e corre a notícia de que alguns começam a praticar irregularidades com os seus discos do tacógrafo, de forma a trafegar por tempo além dos limites da lei.”
O quadro de mudanças, porém, ainda não comprometeu as boas previsões de faturamento da Transpes. “Há muitos negócios engavetados, prontos para serem aprovados”, observa a diretora. A queda da atividade econômica em geral, manifestada pelo baixo crescimento do PIB, tem sido um empecilho. Mesmo assim, a meta de alcançar R$ 350 milhões em 2012 poderá se concretizar com a melhoria habitual dos negócios no segundo semestre.
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