Maior frotista do Brasil, com 4.700 veículos próprios, a JSL – Júlio Simões Logística –  diz que a Lei do Descanso (12.619) teve pouco impacto na empresa. “As longas distâncias representam apenas um terço das nossas operações. Nas curtas (cargas florestais e mineração), nossos motoristas já faziam turnos de oito horas”, informa o diretor de Operações e Serviços, Adriano Thiele.

Segundo ele, os caminhões da empresa não rodavam depois das 22 horas. Com 170 filiais por 18 Estados, ele diz que a empresa não sofre com falta de pontos de paradas. “Somos favoráveis à lei”, declara.

A empresa tem 4.700 motoristas empregados, 1.500 agregados exclusivos, que rodam com cavalo próprio e carreta da JSL, e três mil terceiros que carregam ao menos uma vez por mês. “Não pensamos em agregar mais. Em muitos dos nossos clientes, só podem entrar empregados nossos”, declara Thiele.

Segundo ele, achar motorista pronto no mercado é realmente difícil. A JLS tem 13 centros de formação para treinar motoristas. A empresa também adotou um amplo plano de carreira para seus motoristas. “Fazemos promoções internas. Do carro leve, o empregado passa ao truck, depois é promovido a motorista de ônibus, depois de carreta”, explica. Como a empresa atua no transporte coletivo, ela também prepara cobradores de ônibus para tornarem-se motoristas. A rotatividade de pessoal é pequena.

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