Veja abaixo o que ele respondeu quando questionado a respeito do assunto:
“Temos que tirar o máximo rendimento do veículo. Já pensou, se você conseguir fazer seu veículo rodar 50 metros a mais a cada litro de combustível? Para isso, é preciso:
1º – conhecer a faixa de torque e operar o tempo todo dentro dela;
2º – aproveitar a inércia quando ela estiver a seu favor e dominá-la quando estiver contra;
3º – o veículo deve estar bem regulado, os pneus calibrados, a carga bem distribuída e acomodada;
4º – fazer o adequado planejamento da viagem – itinerário, paradas, abastecimento;
5º – ter calma com o acelerador, trocar marchas alternadas sempre que for possível (pular marchas), e não exceder a velocidade. Você sabia que, para andar a 90 km/h, um caminhão gasta 12% a mais de combustível do que a 80 km/h?
Bom, mas fazer média em topografia plana é fácil, quero ver fazer média em subidas… Tenho umas dicas para isso também, e não estou falando de abusar da velocidade na descida para pegar embalo: falo em diminuir o número de trocas de marchas. Dá para ganhar tempo e economizar combustível. Um bom motorista gasta três segundos para cada pedalada na embreagem. Imagine um aclive onde os motoristas costumam fazer nove trocas de marchas, ou seja, dão nove pedaladas na embreagem. Se você subir com seis trocas de marchas, vai ganhar nove segundos de tração que os outros desperdiçaram. Como conseguir isso? É fácil: pulando marchas. Se estou em 6ª e sei que a 5ª não vai dar conta, espero a rotação cair um pouco mais e engato logo uma 4ª. E assim por diante. Alguns motoristas ficam voltando marcha uma por uma, e ainda reduzindo todas. O veículo só irá parar de pedir marcha quando você colocar a “dona da casa”, isto é, a marcha certa que vai fazer o motor operar dentro da faixa de torque e manter a rotação dentro da faixa verde. Daí, é só aliviar o pé e ficar de olho na temperatura. Se for necessário, reduza a marcha, isso irá aumentar 200 rpm.
Outras dicas são estas: nada de fazer o veículo ganhar velocidade na subida, que consome muito combustível. E assim que chegar perto do topo, tire o pé e deixe o veículo embalar por inércia. Não acelere na descida também, pois isso é como pedalar bicicleta de morro abaixo. É o que gostaria de dizer.”
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