Com uma redução de 9% na venda de caminhões novos no primeiro trimestre deste ano comparado com o mesmo período do ano passado, algumas montadoras pisaram no freio. É o caso da Mercedes-Benz, que já havia dado férias coletivas de uma semana em abril, e parou novamente nesta semana, dando folga coletiva aos metalúrgicos. A Volvo deve parar a partir do dia 25 (sexta-feira).

Segundo a assessoria de imprensa da Mercedes, a montadora está “ajustando sua produção à atual demanda do mercado”. “Sentimos o impacto da transição do Euro 3 para o Euro 5. Ela está relacionada em parte com a antecipação de compras do ano passado”, disse a assessoria.

A Mercedes-Benz alega que está “acompanhando o mercado semana a semana para não tomar medidas radicais”. “Esperamos que o mercado se normalize”, afirma a assessoria. 

A Volvo pode deixar de fabricar caminhões dias 25 de maio e 6 de junho. Por meio da assessoria de imprensa, a montadora informou ao Valor Econômico que “acena com a possibilidade de usar o banco de horas” de cerca de 1,3 mil empregados nesses dias ou em período menor, de acordo com a necessidade.

Na semana passada, após três dias de greve, os metalúrgicos da Volvo fecharam um dos maiores acordos salariais do país. Eles vão receber R$ 25 mil em um pacote que contempla antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) e abono salarial.