Nelson Bortolin e Dilene Antonucci
Desde 2012, a Volvo admite que pretende trazer para o Brasil uma segunda marca, mas a decisão não foi anunciada até agora. Fabricante de pesados e extrapesados, o grupo completaria assim seu portfólio no País, com os veículos leves, médios e semipesados de uma outra marca. “Temos uma área de 1,3 milhão de metros quadrados na planta de Curitiba, com grande possibilidade de expansão”, afirmou Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina.
No ano passado, a montadora registrou um recorde de vendas no Brasil, atingindo a marca de 20.731 caminhões emplacados, 30,6% a mais que os 15.878 de 2012. O resultado é superior ao registrado em 2011, o melhor ano da história do setor de caminhões no Brasil.
Pelo menos 90% dos negócios da marca foram viabilizados pelo Finame PSI. “Essa linha de financiamento está permitindo uma redução da idade da frota e colocando em circulação caminhões menos poluentes e mais seguros”, comentou Alexander Boni, gerente de vendas da Linha F.
O diretor de vendas e marketing, Bernardo Fedalto, argumenta ainda que os juros baixos do Finame permitem aos frotistas ter rentabilidade para remunerar o investimento sem onerar o custo do transporte.
A participação da marca no mercado brasileiro de veículos acima de 16 toneladas cresceu para 20% (era de 18,2% um ano antes). E levou a Volvo ao terceiro lugar no ranking, ultrapassando marcas que atuam em todos os segmentos. “Mesmo diante de uma economia com crescimento baixo, 2013 foi um excelente ano para o negócio de caminhões do Grupo Volvo”, disse Fedalto.
Com cerca de 100 mil caminhões Volvo com até 10 anos de uso rodando no País, o presidente Roger Alm reforçou a necessidade de ampliar a rede de assistência técnica. “Hoje temos 90 pontos e teremos mais 10 até o final do ano, com mais 400 boxes”, contou.
A Volvo vendeu 20 caminhões FH 16 no Brasil. O modelo importado é considerado o mais potente do mundo e custa R$ 1 milhão.