O caminhoneiro Wellington da Torre tem total razão em reclamar das estradas mineiras. Segundo o estudo Transporte Rodoviário – Os Pontos Críticos nas Rodovias Brasileiras, da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), elas estão entre as piores do País, ganhando apenas para as de alguns estados do Norte e Nordeste.

De modo geral, as rodovias brasileiras pioraram muito em 2022. O número de pontos críticos contados subiu 50%, de 1.739 para 2.610. A confederação conta os pontos críticos em trechos de rodovias de todos os estados proporcionais ao tamanho da malha. São considerados pontos críticos: buracos grandes, erosão na pista, pontes caídas, pontes estreitas e queda de barreira.

Em Minas, que tem a maior malha do País, no ano passado a pesquisa contou 397 pontos críticos, sendo 182 erosões, 123 quedas de barreias, 72 buracos grandes e 10 pontes estreitas. Quando divididos pelo total da malha pesquisado, dá 2,47 pontos críticos por 100 km percorrido. O índice é o que o estudo chama de densidade.

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Já no Pará, que teve 357 pontos críticos, sendo 291 buracos grandes, 36 erosões, 13 quedas de barreira e uma ponte estreita, a densidade é muito maior: de 8,19 problemas por 100 km de pistas pesquisada.

Considerando que a densidade representa a proporção das rodovias no País, a pior situação é de Amazonas, 25,12 pontos críticos por 100 km. Depois vêm Acre (13,81), Roraima (12,26), Pará (8,19), Ceará (5,82), Maranhão (5,15), Piauí (3,69), Amapá (2,93), Alagoas (2,88) e Minas Gerais (2,47).
Para a resolução dos pontos críticos identificados em 2021, foi estimada a necessidade de investimento de R$ 1,81 bilhão. A maior parte precisaria ser destinada às intervenções em segmentos com buracos grandes. Como os problemas perduraram e novas ocorrências surgiram, em 2022 o montante aumentou para R$ 5,24 bilhões.

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