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Nelson Bortolin

Na última Fenatran, realizada em outubro do ano passado, em São Paulo, havia nada menos que 12 marcas de caminhões – um recorde. Vejam só: 12 marcas de caminhões em circulação no Brasil, a grande maioria das quais com fábricas instaladas no País. Quem poderia imaginar, 15 ou 20 anos atrás, que chegaríamos a um número assim?
Seria difícil, mas as voltas da economia mundial e da economia brasileira criaram um cenário em que o Brasil, com suas dimensões continentais e sua crescente produção agrícola, principalmente, se tornaria o que é hoje: um mercado muito cobiçado pelos grandes fabricantes de caminhões, dentro de um cenário de dificuldades econômicas na Europa e nos Estados Unidos, com repercussões no resto do mundo.
O próprio Brasil sente os efeitos da crise, mas isso não impediu que 2013 fosse o terceiro melhor ano de vendas de caminhões da história do País, com 155,6 mil veículos emplacados. Um número que tem que resultar na cobiça dos grandes fabricantes.
E eles estão vindo para cá. Nesta reportagem, destacamos os esforços de quatro dos mais recém-chegados – DAF, International, Foton Aumark e Metro-Shacman – para iniciar a montagem de suas redes de concessionários, providência inicial para participar da grande aventura da conquista de mercado num país eminentemente rodoviário.
A DAF, potência europeia, já tem fábrica de extrapesados em Ponta Grossa (PR). A International também fez a sua, em Canoas (RS), de onde saem pesados e semipesados. A Metro-Shacman vende caminhões pesados importados da China, enquanto espera sua fábrica ficar pronta em Tatuí (SP) no início de 2015. E a Foton Aumark, que traz caminhões mais leves da China, também veio com planos de ficar, com fábrica em Guaíba (RS), prevista para funcionar em 2016.
Todas acham que o mercado brasileiro de caminhões tem lugar para “mais um”. E falam sério: montar um negócio desses exige muitos milhões de dólares. Já para ser concessionário não é preciso tanto.