Algoritmos de última geração são capazes de identificar a necessidade real de torque e potência em cada trecho

Um novo software de motor, combinado com novidades em componentes internos e um lubrificante mais avançado reduzem ainda mais os custos operacionais da linha 2020 dos caminhões Volvo FH, FM e FMX. Novos algoritmos de última geração desenvolvidos pela engenharia da Volvo são capazes de identificar a necessidade real de torque e potência conforme a topografia e a carga, controlando a injeção de combustível de forma ultraprecisa para reduzir o consumo.
Técnicos da Usina São Manoel, com sede em São Manuel (SP), disseram ter comprovado na prática a economia entre 9% e 10% no critério km/litro dos novos Volvo que foram testados ao longo de 2018. De acordo com o supervisor de manutenção industrial, Wellington Germano da Silva, com o sistema de aceleração inteligente, a usina poderá economizar até R$ 700 mil por ano só com combustível nos 35 caminhões. A frota chega a transportar 150 toneladas de cana por caminhão nas estradas particulares da empresa.
“Durante toda a safra 2018, colocamos um caminhão dos novos para rodar todos os dias, fazendo o mesmo percurso e com a mesma quantidade de carga que os outros. Ao final dos testes, chegamos a essa economia”, conta.
A nova linha F terá preços até 8% acima da linha atual. No caso da linha VM, o aumento será de 5%.
COMO FUNCIONA – A partir de um avançado trabalho realizado pela engenharia da marca no Brasil, que aprimorou o software de controle do motor para as condições de topografia, carga e condução da América Latina, o caminhão passa a ter uma inteligência ainda maior quanto ao consumo de combustível. “O trem de força de alto desempenho, marca registrada do FH, passa a contar com um sistema ainda mais aprimorado, associando melhorias de software e componentes. Testes de campo mostraram ganhos de até 10% em consumo, dependendo do tipo de aplicação, carga e estrada”, assegura Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo.
A nova tecnologia está presente em toda a linha F de caminhões Volvo – FH, FM e FMX – modelo 2020, disponível nas concessionárias da marca no Brasil a partir de abril.
A evolução dos motores Volvo ajuda diretamente os motoristas a baixarem suas médias de consumo. “Um motorista treinado pela Rede Volvo sempre terá um importante diferencial para extrair toda a performance que nossos caminhões oferecem. Mas, com o recurso da Aceleração Inteligente, as médias de consumo entre os diferentes condutores ficarão muito mais equilibradas”, revela Álvaro Menoncin, gerente de Engenharia de Vendas de Caminhões.

Montadora contrata 300 funcionários e aumenta investimentos

Contratação de 300 funcionários e investimentos de mais R$ 250 milhões são as medidas tomadas pela Volvo América Latina para atender o mercado brasileiro de caminhões, que deve crescer cerca de 30% neste ano, atingindo 99 mil unidades. Os novos recursos são um volume adicional ao total de R$ 1 bilhão que o Grupo Volvo prevê investir no período de 2017 a 2019.
Durante entrevista coletiva realizada para divulgar o balanço de 2018, os executivos da empresa demonstraram otimismo em relação à economia brasileira e comemoraram os resultados do ano passado, bem acima dos previstos. “Crescemos 79% no Brasil, considerando os veículos acima de 16 toneladas, chegando à vice-liderança do segmento”, contou o diretor Comercial de Caminhões, Alcides Cavalcanti. A Volvo também foi a marca que mais cresceu na área de semipesados, com uma elevação de 66% de vendas.
O caminhão FH 540 6×4 foi o campeão de vendas em todas as categorias no País. Foram 4.114 emplacamentos. Também houve grande expansão no mercado fora de estrada. Neste segmento, o mercado brasileiro cresceu 23% e a Volvo, 55%.
Com uma carteira de R$ 7 bilhões, o Brasil tem a segunda maior participação no Volvo Financial Services, que ajudou no bom desempenho das vendas. Segundo o presidente do banco, Ruy Meirelles, no ano passado, 41% dos negócios foram financiados pelo CDC, contra apenas 15% do ano anterior. “O nível de subsídio do Finame (do BNDES) foi caindo nos últimos anos. Por outro lado, a Selic (taxa básica dos juros no País) fez com que o custo do CDC ficasse mais atrativo”, explicou.
Segundo ele, as taxas do banco estatal e dos bancos privados estão muito próximas umas das outras. “Além disso, o CDC oferece parcelas fixas, o que dá previsibilidade para o comprador”, afirmou. Desde o final do ano passado, o BNDES também oferece Finame com parcelas fixas, mas apenas para os pequenos transportadores.
O presidente do Grupo Volvo América Latina, Wilson Lirmann, destacou que não foi apenas no Brasil que a marca teve bom desempenho. “O ano passado foi o melhor ano da história para a Volvo, com crescimento de 17% nas vendas de todo o mundo”, disse ele. O faturamento foi de 391 bilhões de coroas suecas. Nos Estados Unidos, a marca lançou uma nova linha completa de caminhões VN. “Foi um ano de muitas inovações tecnológicas”, disse.

O presidente Wilson Lirmann e o diretor comercial Alcides Cavalcanti: mercado deve crescer 30% em 2019