A nova Lanchonete Belvedere está de portas abertas e fica no km 590 da BR-040, nas proximidades do viaduto das Almas

Luciano Alves Pereira

O apreciado pão com linguiça caseira da BR-040, nas proximidades do viaduto da Almas, retornou à estrada. Reabriu próximo ao local anterior, pelas mãos do Inácio Santana, fundador da Lanchonete Belvedere. Ele tem o mérito de ter sido pioneiro na então BR-3, ahistórica ligação com Juiz de Fora (MG) e Rio.  Iniciou como garçom em restaurante que o extinto DNER construiu junto ao viaduto e o cedera em concessão a terceiros. Nascido no vizinho povoado do Ribeirão do Eixo (município de Itabirito), Inácio começou a trabalhar aos 12 anos de idade, em 1960. Foi testemunha ocular da inauguração da BR-3/viaduto das Almas em 1°. de fevereiro de 1957 e ainda hoje lamenta os vários graves acidentes ocorridos “sob suas vistas”.  Naqueles velhos tempos, havia ali também o Posto Belvedere, de bandeira Esso, tido como o primeiro de toda a BR-3, até Juiz de Fora.

Em 1968 alugou o cubículo anexo e abriu a lanchonete, percebendo que o restaurante concedido não se mostrava promissor. Seu pão com linguiça virou ponto de parada obrigatória e em pouco tempo já comprava o próprio posto. Em 2006 ficou só com a lanchonete e acompanhou a novela do vai-não-vai da construção do novo viaduto, finalmente aberto ao trafego nas duas pistas em outubro de 2010. Retirada a passagem na sua porta, o movimento caiu a zero, mas nada que já não estivesse esperando e para tal preparado.  Inácio possuía área a menos de dois quilômetros dali, mais precisamente no km 590, do mesmo ledo direito, sentido Rio.

É verdade que o acerto do local requereu custoso desmonte do morro existente. Por outro lado, o trabalho ficou de primeira. Conforme informou Farley Santana, filho de Inácio, a nova Lanchonete Belvedere conta com 12 mil m² de área beneficiada (pavimentada) e1.200 m²de construção. Com sobra de espaço, Inácio acertou com parceiro para a montagem de um posto de combustíveis junto à lanchonete, cuja bandeira ainda não está definida. A previsão é de começar no ano que vem.

Na opinião de Farley o sucesso e a longevidade da iguaria mineira “devem-se à fabricação própria da linguiça, a partir de carne de porco de primeira, sem conservantes, e como toque final de acabamento, o tempero da Casa”.  Segundo disse, a Belvedere é a lanchonete mais antiga da daquela estrada, com 40 anos nas mãos do mesmo proprietário.