A Volvo sueca anunciou aos sete mares o aniversário de seu produto de sucesso, o extrapesado FH
Luciano Alves Pereira
Diz a montadora que se trata do 25º ano de boas vendas desse cara-chata, chegado ao Brasil em 1994. Para marcar a data, está sendo lançada uma série especial do caminhão destinado ao serviço de longa distância.
Em 1963, ocorreu a apresentação européia do FH, o qual é visto pela fábrica como “um dos mais bem sucedidos modelos de todos os tempos”. E ainda acrescentou que a marca pretende vender sua “milionésima unidade neste ano”.
No Brasil, a boa aceitação se repetiu desde 1994, a partir da Volvo, de Curitiba. Foram importados lotes do FH 12 380 Globetrotter, que quer dizer viajante do mundo. A iniciativa, arrojada para a época, quebrou um jejum de 40 anos, sem ‘estrangeiros’ no mercado brasileiro, desde 1950. Na década, Ford, Mercedes, Scania, GM e a International iniciaram produção local.
TESTE − A chegada do FH foi definitiva para a padronização da cabine frontal nas nossas estradas. Já no primeiro trimestre do ano foram vendidas 140 unidades, apesar dos comentários tipo “não temos estradas para rodar um caminhão de primeiro mundo” e “o motorista do FH tem de ser formado em curso superior”. As ‘previsões furadas’ constam do Teste Prático da edição 195 da Revista Veículo(descontinuada), publicado em maio de 1994.
Seu motor de 12,1 litros já adotava o cabeçote único com quatro válvulas por cilindro e, na mesma peça, um inovador freio-motor por descompressão. Desde então, muito apreciado pelos estradeiros. Leva o nome de VEB (Volvo Engine Brake). Sua potência máxima iguala a 380 cv, nas rotações de 1.700 a 1.800/min., enquanto o torque máximo se nivela em 1.700 Nm, na faixa de rpm’s entre 1.100 e 1.300/min. O câmbio era o SR1700 de 14 marchas, sendo duas extrarreduzidas. Na viagem de teste, o FH – dos primeiros comercializados em Minas – fez média de 2,20 km/litro de diesel comum. Isso foi antes da Norma Euro 3. Portava o PBTC de 44,35 t, em composição de cinco eixos. O experiente Sebastião Ribeiro foi o condutor do bichão e não economizou elogios à novidade importada, mas não gostou de média (redução de 3,44: 1 no diferencial). Isso há 24 anos…