Começou neste 1º de setembro a implantação do Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e. Por enquanto, só 278 transportadoras adotaram o sistema. Das demais, aquelas que estão nos regimes tributários de lucro real ou lucro presumido entram no dia 1º de agosto de 2013. E as do Simples Nacional entram em 1º de dezembro de 2013, junto com as que estão registradas como operadores multimodais. É obrigatório para todo o mundo.
Com o CT-e, o governo vai arrecadar mais impostos e as transportadoras vão economizar papel e outros custos. Algumas chegam a ter filiais só para emitir conhecimentos.
O motorista vai ganhar tempo: nos postos interestaduais, bastará mostrar o CT-e impresso que o fiscal encontrará, no computador, o registro da viagem e da venda das mercadorias, sem precisar digitar nada.
O autônomo também ganha. As informações sobre vale-pedágio precisam constar do CT-e e, assim, órgãos como a ANTT poderão fiscalizar se o embarcador está pagando o pedágio, como manda a lei.
Começar logo a usar a CT-e pode ser um diferencial para as transportadoras, segundo a contadora Helisete de Souza, de Londrina, porque boa parte dos clientes já está obrigada a aderir ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). “Se o transportador tiver CT-e, ele vai facilitar muito a vida do cliente que já está no Sped, seja estadual ou federal”, afirma Helisete.
SOFTWARE – Para operar o CT-e, as transportadoras precisam de um programa de computador (software) próprio para fazer a comunicação da empresa com a Secretaria de Fazenda. O Grupo APR, do Paraná, é uma das empresas que produzem um software específico para esse fim. O diretor comercial, Carlos Henrique Kasuya, diz que o custo do uso do software “depende muito da movimentação de cada transportadora”, mas começa com R$ 50 mensais.