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Janaina Garcia

O presidente executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, diz que, até 2018, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) estará em Lucas do Rio Verde e, até 2020, em Vilhena (RO). Quanto ao projeto de trilhos ao longo da BR-163, ele não arrisca um prazo e admite que os chineses são grandes interessados. “Mas eles terão de concorrer nas licitações”, declara.
Representando 11 das 12 concessões existentes hoje – responsáveis por 28,3 mil km de trilhos –, ele se diz otimista em relação à expansão do modal. “Temos uma expectativa muito grande de que as ferrovias, que hoje transportam 26% das cargas no Brasil, passem a levar até 35% em 2020”, afirma. As principais cargas visadas pelos ferroviários são minério, produtos siderúrgicos, carvão, e o complexo soja-açúcar-álcool.
Vilaça lembra que as atuais concessões completaram 16 anos e que há mais 14 pela frente. “Temos no espólio da antiga Rede Ferroviária Federal o nosso maior problema, que é o administrativo, burocrático”, reclama. De acordo com ele, o principal “gargalo” do setor é ter que conviver “com a ineficiência do Estado”.
Ele considera que o governo não ajuda a solucionar problemas técnico-administrativos que vão contra o interesse do usuário de ferrovias. “O usuário só tem um desejo, saber quanto vai pagar de frete e se o frete é mais barato que o do caminhão”, explica.