Nelson Bortolin 

Esperança. Esta é a palavra mais usada pelas lideranças do transporte rodoviário de carga para definir seu sentimento diante do Programa de Investimentos em Logística, lançado em agosto pela presidenta Dilma Rousseff. Através de concessões e parcerias público-privadas, o governo acredita que será possível duplicar 7,5 mil km de rodovias e construir 10 mil km de ferrovias ao longo dos próximos 30 anos, num investimento de R$ 133 bilhões – R$ 42 bilhões em rodovias e R$ 91 bilhões em ferrovias.
O desenvolvimento do programa ficará a cargo da recém-criada Empresa de Planejamento e Logística (EPL), presidida por Bernardo Figueiredo, ex-presidente da ANTT. Veja no mapa os trechos rodoviários a serem concedidos.
A respeito do programa, o presidente da NTC&Logística, Flávio Benatti, declarou sua crença em que, “com este anúncio, o desenvolvimento logístico do País saia finalmente do papel”.
Gilberto Antonio Cantu, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), também está otimista, mas mantém cautela em sua análise. “Precisamos cobrar a execução do programa; o governo já anunciou pacotes cujas metas não foram atingidas”, ressaltou.
De acordo com o cronograma do governo, os trechos da BR-116, em Minas Gerais, e da BR 040, em Minas, Goiás e Distrito Federal, terão os editais publicados em novembro; a licitação está prevista para dezembro ou janeiro e a assinatura dos contratos para março ou abril do ano que vem. Os demais trechos terão edital aberto somente em março.