À paisana, Marcelo Mastroiani; pintado, Palhacim Doidim: sempre artista

À paisana, Marcelo Mastroiani; pintado, Palhacim Doidim: sempre artista

Marcelo Mastroiani dos Santos temnome e vida de artista, mas é caminhoneiro. Mineiro de Betim e autoapelidado de Palhacim Doidim, seu sonho é ser só palhaço e levar alegria para a estrada. Por enquanto, Marcelo é palhaço em trabalhos voluntários, coisa que ele adora fazer: “As pessoas gostam de ter a chance do riso, porque levar a vida de maneira honesta está muito difícil. Quando a gente chega, quem está de cara feia já melhora só de ver o meu chapeuzinho”, conta.

A família dele trabalhava no Circo Rosa, no início da década de 80. “Meu pai, Benjamim da Silva Santos, era o Palhaço Tintiolim, com todos os direitos trabalhistas, e minha mãe era a mulher barbada. Eu catava bosta dos bichos. Quando ia ser promovido a palhaço, o  circo fechou. Meu pai virou motorista de caminhão. E eu fiquei com este desejo desde criança”, lembra. 

Pela Transportadora Malibu, Marcelo leva leite Itambé na rota Betim/Rio de Janeiro, com um Scania 114. A roupa de palhaço está sempre na cabine. “Já participei de muita festa de caminhoneiros, festas de igreja, de criança. Meu humor é todo inspirado na vida da estrada.”

Ele se orgulha de ter participado já por dois anos do Natal Solidário no Vale do Jequitinhonha. “A empresa doou o frete, levamos cinco carretas carregadas de donativos e muita alegria para as pessoas”, lembra, fazendo questão de destacar o apoio do radialista Jorge Bala, de São Gonçalo do Sapucaí: “A convite dele também animei por três dias uma festa de caminhoneiros da região”.