O caminhoneiro Wellington Márcio da Torre alerta para o estado de rodovias em território mineiro
Trafegar pela BR-040 é uma aventura, principalmente no trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora. Quem alerta é o mineiro Wellington Marcio da Torre, caminhoneiro de Contagem, um dos leitores mais assíduos da Revista Carga Pesada.
“A rodovia já deveria estar toda duplicada, mas fizeram uma terceira pista, na verdade, uma gambiarra entre BH e Juiz de Fora, que não comporta a largura de um caminhão”, denuncia.
O veículo de carga que transita por essa terceira pista, de acordo com ele, está sempre com as rodas da esquerda sobre a faixa. Ele não se conforma com o fato de a 040 estar sob concessão. “O pedágio está extremamente caro. Até quando teremos de suportar isso?”, questiona.
E não é só na 040 que motoristas se arriscam em Minas Gerais. As BRs 381/262, segundo Torre, estão “extremamente ruim”. Sempre que possível, ele evita passar pelas estradas. “Esses dias, voltando do Mato Grosso, eu resolvi vir por Goiás. Passando por Lagoa Santa, sentido a Uberlândia, eu evitei parte do pior trecho da 262, que é de Campos Altos a Uberaba”, conta.
A BR tem outros trechos muito perigosos. “Indo para o Espírito Santo, ainda na parte mineira, existem crateras que podem causar acidentes graves. Passar pelos sete quilômetros dentro de Manhuaçu leva, no mínimo, uns 30 minutos. Isso sendo bastante otimista.”
Por esse motivo, às vezes o caminhoneiro de Contagem recusa serviços por aqueles lados. “Além do risco de quebra do caminhão, ainda podemos sofrer acidentes graves”, conta.
Torre afirma que a parte capixaba da rodovia federal está em situação muito melhor. “Não entendo como isso pode acontecer”, declara.
A reportagem tentou ouvir o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e a Concessionária Via 40 sobre a situação das pistas, mas não obteve retorno dos pedidos de entrevistas.