Pela terceira vez, Roger Alm foi observar de perto o cotidiano dos motoristas. Foi de Fortaleza a Natal e fez uma parada em Mossoró
Atendendo convite do jornalista Pedro Trucão, dos programas Globo Estrada (Rádio Globo) e Pé na Estrada (Band), pelo terceiro ano seguido o presidente da Volvo, Roger Alm, embarcou numa experiência rodoviária para ver de perto a realidade dos transportadores de cargas.
No início de maio, ele foi para o Nordeste. Percorreu 520 km, de Fortaleza (CE) a Natal (RN), com uma parada em Mossoró para conhecer a produção e o transporte de sal, além da extração de petróleo na região. O ponto de partida foi a concessionária Apavel, em Fortaleza, a bordo de um FH 540, com implemento do tipo Vanderleia carregado com 53 toneladas de brita. Na direção, Vânio Albino, instrutor de treinamento da Volvo.
O presidente da Volvo fez sua primeira viagem de contato direto com o dia a dia dos caminhoneiros em 2011, no trecho entre Goiânia e Itumbiara. Em 2012, viajou pela BR-163, entre Rondonópolis e Cuiabá. Gostou, desta vez foi para o Nordeste, e garante: “Enquanto eu estiver no Brasil, nós vamos ter pelo menos uma viagem destas por ano”.
Conversando com motoristas, Alm ouviu sugestões e relatos sobre a dura vida nas estradas. Ainda no pátio da Apavel, o caminhoneiro Francisco Carlos Pereira, o “Ceará Fala Grossa”, contou ao presidente que, trabalhando na estrada, conseguiu formar os filhos numa faculdade, mas ainda sonha em ter seu próprio caminhão. Ele dirige caminhões Volvo há 30 anos e é fã da marca. “Estou no momento com este 460 e estou satisfeito. Faço meu próprio horário viajando por todo o Brasil. Mas temos que estar atentos aos roubos, agora que os malandros estão rastreando até celular”, comentou.
Na saída de Fortaleza, pela BR-116, em pista simples, o pesado volume de caminhões deixou clara a necessidade de investimentos para a duplicação da rodovia, que traria mais segurança e mais eficiência para o transporte.
Na parada em Mossoró, o principal destino das viagens naquela região, Roger Alm conheceu a extração de petróleo em poços terrestres e as salinas. O Rio Grande do Norte é responsável pela produção de 95% do sal consumido no País. Num sobrevoo de helicóptero entre Areia Branca e Macau, ao lado das belas praias que servem de cenário para a novela Flor do Caribe, visitou a Henrique Lage Salineira do Nordeste.
O diretor da empresa, Duílio Oliveira, explicou, diante de uma enorme montanha de sal, que as condições da região favorecem a atividade porque chove pouco, os ventos são fortes e constantes e o solo é plano e impermeável. Segundo ele, somente 5% do sal produzido lá segue para o consumo humano. Quase tudo é destinado à pecuária.
Outra curiosidade: os caminhões que movimentam o sal não duram mais que dois ou três anos, devido à corrosão. As primeiras vítimas do sal são os componentes do sistema elétrico.
Depois de visitar as salinas, Roger Alm pernoitou na boleia do FH no Posto São Cristóvão, um dos maiores da região. Antes de seguir viagem, tomou o café da manhã na caixa-cozinha de um caminhoneiro vizinho e foi reconhecido por um motorista que é leitor assíduo da revista da Volvo.
Com maior ou menor movimento de caminhões, a pista simples se estendeu até Natal, onde a viagem terminou com um almoço de confraternização com os funcionários da concessionária Gotemburgo. Fazendo um balanço da jornada, o presidente da Volvo comentou: “Nosso desafio é fazer caminhões considerando inclusive as condições das rodovias, ou seja, produzindo veículos cada vez mais confortáveis e seguros para que os motoristas brasileiros possam realizar da melhor forma seu trabalho”.