Do total de 150 concessionárias que revenderão as duas marcas – Volkswagen e MAN – 65 já estão habilitadas com instalações, ferramental e pessoal treinado para dar suporte aos novos modelos. Até o final do ano as outras 85 estarão habilitadas com investimentos que variaram de R$ 200 mil a R$ 15 milhões no caso de algumas casas que tiveram que se adaptar para atender caminhões de grande porte como rodotrens.
Um sistema de acompanhamento on-line, o MAN Guard, será acionado cada vez que os novos caminhões derem entrada em uma concessionária mobilizando uma central de serviços com atendimento prioritário. Este mesmo sistema fará o monitoramento da operação dos novos caminhões indicando, por exemplo, se o motorista está utilizando todos os recursos disponíveis para a operação.
Os novos MAN “Made in Brazil”, como foram batizados para o lançamento, são resultado da fusão de experiências da engenharia alemã e de uma marca que está há 254 anos no mercado com a equipe de técnicos brasileiros que há 31 anos projeta caminhões voltados para o mercado brasileiro e de outros países emergentes.
Foram mais de 240 modificações feitas no modelo original europeu para adaptá-lo às características de operação dos mercados da América Latina. Desde 2009 cerca de 40 veículos percorreram mais de seis milhões de quilômetros das baixas temperaturas do Sul ao clima quente das lavouras do Mato Grosso, em 100 mil horas de testes de campo. Um caminhão rodou 24 horas, sem parar, em operação na distribuição de combustíveis.
Com este lançamento a MAN Latin América completa sua gama de produtos com modelos de 5,5 a 74 toneladas de PBT produzidos na planta de Resende, às margens da Via Dutra: “Até agora a marca participava de 84% do mercado de caminhões. Com os novos TGX, também estaremos presentes nos 16% do segmento de extrapesados”, comemora o diretor de vendas Ricardo Alouche.
O objetivo da montadora é vender mil caminhões já em 2012 e conquistar 30% do mercado de extrapesados em 5 anos utilizando então a plena capacidade de produção da fábrica de Resende que teve uma área de dez mil metros quadrados projetada exclusivamente para produzir até 5 mil cavalos mecânicos TGX ao ano.
Com o peso da marca que empregou Rudolf Diesel, o motor MAN D26 de 12,4 litros e 440 cv – que no Brasil será montado pela MWM – ganhou novos parâmetros para injeção, mais adequados para as condições de direção no país. Um sistema inteligente de aceleração, atende ao comando do motorista e se auto regula, buscando a melhor relação de consumo e padronizando a performance dos condutores no caso de grandes frotas.
No sistema de freio, o modelo europeu adota o modelo a disco. No entanto, para as condições de estradas brasileiras, com grande volume de poeira, a engenharia optou por desenvolver um sistema a tambor, com o qual se aumenta a resistência e diminui a possibilidade de contaminação. Os freios vêm equipados com ABS e EBS que evita o efeito “L”.
Os novos modelos contam também com o sistema auxiliar de freios EVBec, com potência de frenagem de 400 cv, para as operações de descidas com maior segurança, reduzindo a necessidade de utilização dos freios de serviço.
O chassi também foi redimensionado, com longarinas e travessas maiores, para suportar o maior nível de carga e as estradas brasileiras. Também se ajustou a localização da quinta roda para atender às configurações dos implementos mais utilizados no país.
O tanque recebeu reforço para suportar a vibração do veículo ao trafegar em asfalto com muitas ondulações, assim como outros suportes fixados ao chassi foram reforçados.
CONFORTO – A cabine foi apresentada como o maior espaço interno da categoria, com facilidade de acesso e compartimentos externos laterais que também poderão ser acessados pelo interior da cabine abaixo da cama. O ar condicionado digital é de série bem como o sistema de basculamento elétrico para reduzir o esforço do motorista.
As portas têm ângulo de abertura de 90 graus e quatro bolsões pneumáticos compõem o sistema de suspensão sobre o chassis do caminhão. Os veículos já saem configurados de fábrica com esse sistema para assegurar menos ruído e vibrações no interior da cabine.
Para tornar a cabine mais ampla, o túnel do motor localizado próximo ao motorista possui altura de apenas 12 centímetros, o que facilita a movimentação do motorista. Além da cama principal, um segundo leito dobrável, não ocupa espaço na cabine.
O banco está equipado com suspensão pneumática, diversas opções de ajuste e cinto de segurança incorporado ao assento, preparado para qualquer perfil de motorista. Botões disponíveis no próprio volante dão acesso aos comandos do computador de bordo, desempenho do veículo e do rádio por meio de um simples toque durante a condução. A altura e inclinação do volante também podem ser ajustados por meio de acionamento pneumático. Os caminhões MAN TGX já vêm equipados com espelhos retrovisores com aquecimento e ajuste elétrico no painel.