Nelson Bortolin

O Grupo Randon divulgou nesta terça-feira (28), durante o 10º Encontro Anual com a Imprensa realizado em Caxias do Sul (RS), que obteve uma receita bruta de R$ 6,38 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 14% na comparação com 2010. Em 2011, o grupo vendeu 25.678 reboques e semirreboques, 7,6% a mais que os 23.862 do ano anterior.

Já no segmento ferroviário, houve uma retração de 7,7%. No ano passado foram vendidos 913 vagões contra 989 do ano anterior. O grupo também vendeu menos veículos especiais (Linha Amarela). Em 2011, foram 832 contra 963 de 2010, um recuo de 13,6%. Juntos, os três segmentos representaram 49,72% da receita bruta das empresas Randon.

Em relação às autopeças, mercado em que o grupo atua por meio das coligadas Fras-le , Jost, Castertech, Master e Suspensys, houve crescimento em todos os segmentos. Proporcionalmente, o melhor desempenho foi o de fundidos. Em 2010 haviam sido vendidas 4,7 toneladas, passando para 16,5 toneladas no ano passado (+ 249%). Depois vieram os sistemas de suspensão e rodagem. No ano passado, foram comercializadas 547.275 unidades contra 426.787 de 2010 (+28,2%). Na sequência, os freios, que saltaram de 923.750 para 1,121 milhão de unidades (+ 21,4%).

Já o segmento de sistemas de acoplamento cresceu 13% – de 101.765 para 115.043 unidades. E, por último, os materiais e fricção, de 74.500 para 78.700 tonelada (+ 5,6%). As autopeças representaram 48,79% da receita bruta do grupo.

O Consórcio Randon também teve um bom desempenho, passando de 7.687 para 10.964 cotas – crescimento de 42%.
O grupo também destacou durante o encontro alguns “fatos relevantes” de 2011. O principal foi a compra da Folle Indústria de Implementos Rodoviários de Chapecó, que agora se chama Randon Brantec. Naquela unidade, a Randon pretende concentrar a fabricação de carretas frigoríficas. A intenção é vender 1.000 unidades neste ano.

O balanço foi apresentado pelo diretor Corporativo e de Relações com os Investidores, Astor Schmitt. Ele contou que o grupo começou 2011 com muita apreensão em virtude da crise européia e do câmbio valorizado no Brasil. “Mas tivemos surpresas em muitos aspectos. O clima de apreensão acabou se convertendo em alegria”, disse.

Um dos motivos de alegria foram as exportações, que cresceram 22%, de R$ 250 milhões para R$ 294 milhões. Dos produtos exportados pela Randon no ano passado, 45% foram para o Mercosul, 28% para Estados Unidos, Canadá e México, 11% para a África, 7% para demais países da América do Sul e Central e 3% para a Europa.

Nos Estados Unidos pós-crise, o grupo deposita muitas expectativas.  “O mercado americano de implementos rodoviários deve crescer entre 12% e 15% neste ano”, contou.

Apesar das surpresas de 2011 e da aposta no mercado norte-americano, a previsão para este ano é de uma receita bruta estimada um pouco abaixo da de 2011: R$ 6,1 bilhões. “O cenário aponta para isso. Tudo indica que o PIB brasileiro deve ser comparável ao deste ano e o mercado interno de caminhões deverá recuar uns 10% conforme dizem os fabricantes (Anfavea)”, justificou.