A DAF é “extremamente cuidadosa” na escolha de seus concessionários, segundo seu diretor comercial, Michael Kuester. “Queremos grupos que acreditem na força da marca, que tenham visão de longo prazo, e estejam aptos a oferecer uma qualidade premium de produtos e serviços”, diz. Kuester é um dos entrevistados de uma reportagem especial da Revista Carga Pesada sobre as novas marcas de caminhões que chegam ao Brasil. Além da DAF, participam da matéria a International, a Fonton Aumark e a Metro-Shacman.
O diretor da DAF ressalta que a fábrica analisou 180 empresas e por enquanto nomeou 16 grupos. “A rede está investindo mais de R$ 1,5 bilhão em infraestrutura, ferramentas, peças, capital de giro e mão de obra qualificada”, conta Kuester. Para treinar mão de obra, foi aberta a DAF Academy, em parceria com o Senai.
Os primeiros caminhões DAF entregues no Brasil foram vendidos pela Macponta, de Ponta Grossa (PR), onde fica a fábrica. Em abril ela se muda para sede própria, e vai abrir outras três lojas no Paraná: em Maringá, Campo Mourão e Londrina – um investimento total de R$ 50 milhões.
Seus donos são José Divalsir Gondaski, o Ferruge (sem “m”), e José Álvaro Góis Filho. O primeiro é revendedor de máquinas agrícolas e o segundo tem uma grande distribuidora de materiais para marcenaria. Foram buscar na Codema (Scania), em São Paulo, o homem que ficará à frente do negócio: Waldir Marin, o Dinho, gerente comercial.
Dinho tem 25 anos de experiência. Para competir $ Scania e Volvo, gigantes do segmento de extrapesados, ele diz que será preciso apostar na qualidade do atendimento.
A meta da Macponta é vender 120 dos dois mil extrapesados XF 105 que a DAF pretende produzir este ano. O XF 105 tem duas versões: 6×2 (PBTC de 53 toneladas) e 6×4 (74 toneladas).
Por ainda não ter atingido o índice de nacionalização, a DAF não pode usar integralmente o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) para financiar os caminhões. “Hoje, podemos usar 90%, mas eu acredito que até o meio do ano teremos 100%”, afirma Dinho.
“Os nossos preços são parecidos com os dos concorrentes. Queremos nos diferenciar nos serviços”, diz o gerente da Macponta. E também no espaço oferecido aos clientes: a loja de Ponta Grossa ficará num terreno de 42 mil metros quadrados, com um pátio tão grande – coisa rara hoje em dia – “que o cliente poderá trazer até o caminhão carregado”, informa Dinho.
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