LUCIANO ALVES PEREIRA

Nova linha de pesados da Renault leva uns ares do kinetic-design, consagrado no Ford Cargo turco-brasileiro

Dia desses a Renault Trucks, a prima francesa da Volvo, apresentou quatro novas séries de caminhões com capacidade acima de 10 toneladas de PBT, as quais serão seguidas rapidamente por outras linhas de médios e leves. Por isso, a profundidade e extensão do shift na linha de produção estão sendo chamada de revolução francesa, que tem até o descarte dos modelos Magnum, nomenclatura da Renault há 23 anos, orgulhosamente posta no peitoral de sua família de pesadões. Agora surge a linha T. São os DTI 11 e DTI 13, com motores de 11 e 13 litros, rendendo potências de 380 cv a 520 cv, todos na concepção Euro 6.

Observa-se nessa contradança do balé de Versalhes que, mais e mais, a Volvo comuniza os conceitos trocados com a Renault. O câmbio automatizado, por exemplo, chama-se Opti-gear, mas é corpo e alma da I Shift, “com outro software”, destaca a Renault. A cabine dos T repete a ‘ transfusão’. Tem muito da do Volvo FH, com forte inspiração no grafismo do peitoral do novo Ford Cargo turco/brasileiro.

O lançamento múltiplo da Renault deixou em branco os modelos de 3,5 a 7,5 toneladas, para cuja faixa a coirmã da Volvo pretende renovar a linha. Por enquanto a data não está marcada. No entanto, a montadora francesa anunciou na ocasião a intenção de as duas companhias explorarem as sinergias do cabedal de ambas. Jornalistas europeus pressentem que dito programa conjunto se estenderá mundo afora, naturalmente até Curitiba. No caso,  Brasil e Argentina disporão as respectivas redes para objetivos comuns das duas marcas. Resumindo, o mercado brasileiro, mantido em suspense até agora, já pode ir apostando que a linha leve a ser fabricada e comercializada pela Volvo em Curitiba será a nova da Renault