Fonte: Diário do Grande ABC
O número de roubos de cargas no Grande ABC teve aumento de 36,5% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011. Nos três primeiros meses de 2012, foram registradas 142 ocorrências contra caminhoneiros, ante 104 no início do ano anterior. Os dados foram tirados da estatística mensal de criminalidade divulgada pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).
A alta foi puxada pelos índices de Mauá e Diadema. Em Mauá, as três ocorrências registradas no início de 2011 foram multiplicadas por sete e chegaram a 21 no primeiro trimestre deste ano. Em Diadema, o aumento foi de quase cinco vezes em relação ao ano anterior, passando de quatro para 19 roubos. Santo André teve acréscimo de 37,1%, pulando de 35 para 48 ocorrências. Outra cidade que apresentou aumento foi Ribeirão Pires, que passou para dois casos. Nos três primeiros meses de 2011, não houve registros no município.
São Caetano teve queda no número de ataques a caminhoneiros, passando de sete para quatro. Em São Bernardo, foi registrada baixa de 12,7%, caindo de 55 para 48 casos. Em Rio Grande da Serra não houve casos no início dos dois anos.
Na avaliação do presidente do Setrans (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do ABC), Sallum Kalil Neto, a alta no número de ocorrências em Mauá e Santo André é resultado do aumento na circulação de caminhões no Trecho Sul do Rodoanel, aberto em abril de 2010. Grande parte dos veículos utiliza a Avenida dos Estados e a Papa João XXIII, em Mauá, para chegar ao anel viário. “As ocorrências se espalharam pelo Grande ABC”, avalia o presidente.
Em Diadema, Kalil Neto associa o aumento às restrições à circulação de caminhões na Marginal do Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes, na Capital. “Diadema passou a ser rota de fuga dos caminhoneiros, o que atrai a criminalidade.”
O comandante da Polícia Militar na região, coronel Helson Léver Camilli, trará especialistas de Santos para ajudar a reduzir o número de casos. Camilli contará com o apoio do coronel Marcelo Prado, que ajudou a reduzir os índices na Baixada Santista quando atuava no CPI-6 (Comando de Policiamento do Interior 6). “No Litoral, o comando tem um grupo de estudo só para roubo de carga. Temos especialistas que se reúnem para tratar só deste tema. Além do planejamento, vamos levantar as informações sobre horários e datas e trazer esse know how, promete Camilli.