cargapesada-edicao-167-scania-leoncini“O caminhão deve ser a perna dos outros modais. Não faz sentido carregar soja por 2.500 km de estradas.” São palavras do diretor-geral da Scania, Roberto Leoncini. “O tiro curto é benéfico para o transportador rodoviário, principalmente agora, com a limitação do tempo de direção”, diz ele, em referência à Lei 12.619 (Lei do Descanso).
Isso não quer dizer que haverá menos trabalho para caminhões pesados como os Scania, na ótica do diretor. “Os pesados são mais robustos e podem fazer boas médias horárias, se as estradas forem boas”, diz ele. Atualmente, os pesados estão atendendo as necessidades de um mercado em que os transportadores estão investindo em implementos maiores. “Em virtude da Lei do Descanso, ou eles aumentam a frota pra não perder a participação no embarcador, ou eles vão procurar uma saída de transportar mais carga com o mesmo motorista. E aí entram os nove-eixos”, afirma.
De acordo com Leoncini, o transporte de grãos é responsável por 45% das vendas da Scania. “No ano passado, esses transportadores postergaram as compras e isso refletiu diretamente nos números da Scania”, alega. Neste ano, com a retomada dos investimentos no setor graneleiro, as vendas da montadora subiram. “É um termômetro”, considera o diretor.