Nelson Bortolin
Revista Carga Pesada
“O ônibus funciona tanto com biometano, como com GNV (Gás Natural Veicular). Nossa expectativa é que, vencida a burocracia para homologá-lo, a Scania possa oferecer o veículo em breve”, afirma Eduardo Monteiro, responsável por desenvolvimento de vendas – operações urbanas, da Scania.
Em São Pedro da Aldeia (RJ), o ônibus foi testado com gás produzido no aterro sanitária local. Na Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, é abastecido com gás proveniente de dejetos de aves poedeiras. “O veículo emite 70% menos poluente que o similar a diesel”, afirma Monteiro. Segundo ele, a experiência de Itaipu mostrou que o ônibus oferece um custo operacional 20% menor. Por outro lado, de acordo com o representante da Scania, 80% dos componentes do motor são similares aos dos veículos a diesel. “O torque é praticamente o mesmo, assim como o rendimento térmico”, declara.
Monteiro conta que a tecnologia Euro 6 permite ao veículo reduzir a níveis mínimos a emissão de poluentes. “É quase um purificador de ar. Muitas vezes, o gás que sai do escapamento é mais limpo que o ar que respiramos”, alega.
O diretor da concessionária P.B. Lopes, José Henrique de Souza Gomes, diz que o objetivo da apresentação em Londrina foi mostrar que, em parceria com a prefeitura, a Scania pode tornar a cidade mais limpa e com sustentabilidade no transporte coletivo. “Podemos gerar uma condição ambiental mais favorável e menos custo para os usuários”, ressalta. Gomes afirma que, “num segundo momento”, a P.B. Lopes pretende levar o veículo para outras cidades nas quais tem filiais, como Maringá, Campo Grande e no interior de São Paulo.
O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, destacou a importância dos combustíveis alternativos. “Precisamos diminuir as emissões de carbono”, afirma. Segundo ele, o projeto SuperBus, que vai otimizar o sistema de transporte coletivo da cidade, custará R$ 140 milhões, com financiamento do governo federal. A prefeitura está testando ônibus das principais montadoras em rotas predeterminadas. Os da Volvo já estão na cidade. Os usuários são convidados a responder pesquisa de satisfação. A intenção desse trabalho é estabelecer critérios para a licitação da nova concessionária de transporte coletivo da cidade, que será feita em 2018.
Além do veículo a biometano, a Scania levou para Londrina um ônibus biarticulado com capacidade para 160 pessoas.