Sócia da Raj Consult, de São Paulo, e tendo com clientes empresas com a TW (Wanser), Santa Cruz e L&CLogística, Marlene Dias de Paula afirma que ser autônomo é muito mais negócio hoje em dia. “O mercado de trabalho está muito mais exigente. Hoje para você exercer as profissões mais simples é preciso ter segundo grau completo”, afirma.
O caminhoneiro autônomo, mesmo que não tenha frequentado a escola formal por muito tempo, mas que procura estar informado, tem tudo para se dar bem no mercado, de acordo com ela.
Marlene conta que, aos olhos do contratante, o motorista autônomo está cada vez mais atraente. “Ele sabe que a motivação de quem é dono do próprio caminhão é muito maior”, declara. E isso não seria exclusividade do Brasil. Tendo trabalhado numa grande empresa na Inglaterra, ela diz que também lá as empresas preferem motoristas autônomos pelo mesmo motivo: a motivação para o trabalho.
Para a consultora, todo caminhoneiro tem condições de gerir seu próprio negócio. Basta saber onde está se metendo e ter quem o auxilie. “Antes de comprar um caminhão, precisa ir ao advogado, ver quanto vai pagar de taxa de juros, se os valores estão corretos. Ele tem de ver se terá um bom contrato de agregado. Não pode sair fazendo o negócio sem planejamento”, afirma. Uma boa dica, segundo ela, é procurar assessoria no Sebrae.
Na empresa dela, Marlene seleciona profissionais para serem encaminhados às transportadoras clientes. “Fazemos testes lógicos e psicotécnicos”, conta. Quando escolhido pelo empregador, o caminhoneiro faz o curso de direção defensiva na própria Raj Consult.